Liderados por Nowitzki, os Mavericks não eram os favoritos na decisão

Falou em Dallas Mavericks, falou em Dirk Nowitzki e no título de 2011, considerado por muitos como um dos mais inesperados da história da NBA. Em um ciclo que não parecia tão promissor quanto o dos anos 2000, quando tinha Steve Nash ao lado do alemão, os Mavs se reergueram e alcançaram a glória que escapou anos antes, diante do Miami Heat.

Nowitzki em ação na temporada 2011 pelos Mavericks (Foto: Ronald Martinez/Getty Images)
© Getty ImagesNowitzki em ação na temporada 2011 pelos Mavericks (Foto: Ronald Martinez/Getty Images)

A vingança por 2006 motivou o elenco de Dallas, que entregou até a última gota de suor em prol do sucesso. Além disso, a conquista foi um prêmio pela resiliência de Nowitzki, que fez muitas temporadas espetaculares na liga e nunca havia sido campeão. Que tal relembrar a história daquelas finais de 2011? Venha com a gente nessa:

Mavs foram longe por questão de honra

Entre 2001 e 2006, os Mavericks pareciam no caminho certo para o título da NBA. Com muita consistência e qualidade, o time contava com Nowitzki, Nash e Michael Finley como protagonistas. Mas tudo parecia ter ido por água abaixo quando Nash foi trocado com os Suns, em 2004.

Contudo, Nowitzki assumiu o papel de líder e conduziu a franquia a uma final em 2006, contra o Heat de Dwyane Wade e Shaquille O’Neal. Mesmo vencendo as duas primeiras partidas, Dallas tomou a virada e viu Wade assumir completamente o espetáculo nas partidas seguintes. Miami foi campeão com 4-2 na série. 

A vingança veio cinco anos depois. Justamente num momento em que os Mavs pareciam em baixa. Com 57 vitórias na temporada regular, o time engrenou nos play-offs e deixou Blazers (4-2), Lakers (4-0) e Thunder (4-1) no caminho até a decisão. 

O Heat, que também encabeçou a temporada regular, passou com facilidade por Sixers, Celtics e Bulls, fechando todas as séries por 4-1. Agora, o time tinha outro eixo ao redor de Wade: LeBron James e Chris Bosh, que chegaram naquele ano. Dallas tinha Jason Kidd, Shawn Marion, DeShawn Stevenson e JJ Barea como auxiliares de Dirk.

A decisão: proibido vacilar

Os dois primeiros jogos foram em Miami e, nesse sentido, o Heat saiu em vantagem ao vencer o primeiro, por 92-84. Aí veio a mágica: roubando o mando, os Mavs levaram a melhor no jogo 2 por 95 a 93, com drama. Wade quase acertou um arremesso de 3 no último lance. 

O troco veio em Dallas no jogo 3, apesar do show de Nowitzki, com 34 pontos. O Heat dominou toda a partida e chegou a estar com 14 pontos de vantagem, o que não se viu no duelo seguinte, vencido pelos Mavs por 86-83 com erro de Wade nos segundos finais. A série estava empatada em 2-2 e tudo podia acontecer.

Então veio o jogo 5, novamente em Dallas, com vitória dos mandantes por 112-103, de maneira segura no minuto final. Sem sofrimento, tudo ficou para a decisão no sexto duelo, em Miami. Longe da torcida, coube aos Mavs terem frieza para administrar a situação. Um começo forte do Heat foi a única grande ameaça, já que no segundo tempo os texanos contaram com 18 pontos de Nowitzki para assegurar o título. O alemão foi o MVP das finais.

Doncic tinha tudo para repetir a façanha de Dirk, mas contusões e um desempenho abaixo da crítica por seus colegas atrapalharam a missão de Dallas contra Boston nas finais de 2024. Será que ele ainda terá tempo de levar os Mavericks ao bicampeonato?