O dia 24 de junho marca o aniversário de dois gênios do futebol mundial: Lionel Messi, completando 33 anos, e Juan Román Riquelme, já aposentado e que fez 42. Dois nomes que dispensam apresentações. Este que vos escreve encara como os melhoresargentinos que viu jogar.
- Clube da Turquia demonstra interesse em Casemiro do Manchester United
- Titular do Real Madrid tem início abaixo e preocupa diretoria
Com o gancho de mais um ano de vida desses craques, resolvi fazer um Top 5 de jogadores argentinos que já passaram pelo Vasco. Não necessariamente pela história deles dentro do clube, mesmo que alguns tenham sido importantíssimos, mas principalmente pelanívelde cada jogador em sua função. Vamos a eles!
1º – Andrada
No Maracanã, Andrada sofreu o milésimo gol de Pelé, mas sua história no Vasco é marcada por conquistas (Foto: Divulgação/Internet)
“El Gato”, seu apelido, chegou ao Vasco em 1969 e, já de cara, enfretou o Santos de Pelé, que buscava marcar o seu milésimo gol. O Maracanã estava lotado e um pênalti contra Andrada separava o Rei do gol 1000. Não teve jeito, a primeira grande história do argentino foi ver o batida do camisa 10no fundo da rede.
Em 1970, numa época em que o Campeonato Carioca era considerado um grande título, foi campeão. A qualidade era tanta que o goleiro ganhou a “Bola de Prata” em 1971 e, em 1972, foi considerado o melhor jogador do Gigante da Colina na temporada, mesmo num time que contava com o craque Tostão.Porém seu nome foi cravado na história do Vasco em 1974, quando defendeu a meta do time que conquistaria o primeiro título brasileiro do time de São Januário, com Roberto Dinamite sendo o grande craque.
2º – RamónRafagnelli
O zagueiro argentino era um dos pilares do Expresso da Vitória na conquista do Sul-Americano de 1948 (Foto: Divulgação)
Zagueiro, Rafagnelli foi um importante nome de um dos maiores times da história do Vasco: o Expresso da Vitória. O argentino é bi-campeão carioca e também campeão continental pelo Gigante da Colina, já que participou do Sul-Americano de 1948, uma dasconquistas que mais orgulham a torcida vascaína. Jogou também pelo River Plate, Bangu e Palmeiras, mas foi no Cruz-Maltino que viveu a melhor época de sua carreira.
3º – Pablo Guiñazú
Entrega e liderança marcaram a passagem do volante argentino no Vasco da Gama (Foto: Divulgação/Vasco)
Quando foi contratado pelo Vasco, em 2013, já não vivia seu auge. Na realidade, o volante é ídolo do Internacional, onde jogou demais e ganhou os maiores títulos da carreira. Mas a personalidade, a entrega em campo, a liderança sobre os companheiros e a forma como vestia a camisa cruz-maltina fez com que o argentino se tornasse um xodó da torcida, inclusive ganhando música na arquibancada.
Vale lembrar que Guiñazú é bi-campeão carioca pelo Vasco e foi crucialnestas conquistas. Na minha visão, está longe de ser um ídolo ou um grande craque com a bola nos pés, porém, com certeza, representava em campo uma grande parte da torcida e, por isso, sua passagem deve ser respeitada. É o tipo de jogador que se olha e pensa: “Esse honrava a camisa”.
4º – Maxi López
Maxi López salvou o Vasco do rebaixamento em 2018, mas não repetiu as atuações em 2019 (Foto: Carlos Gregório)
Esse com certeza vai ser o maior ponto de discussão da lista, mas explicarei o motivo da escolha. Tecnicamente, o atacante argentino foi um dos melhores que passaram pelo Vasco nos últimos 10 anos. Quando chegou, em 2018, o clube vivia um caos dentro de campo e nada e nem ninguém dava indícios de que o Cruz-Maltino evitaria seu quarto rebaixamento na história.
Mas o camisa 11 mudou os rumos daquela temporada. Além da recuperação da confiança da equipe, sendo um líder técnico e também um fator importante na mudança de imagem do clube, Maxi López fez 19 jogos, marcou sete gols e deu seis assistências. O maior feito do jogador foi justamente terevitado a queda do Vasco no Campeonato Brasileiro, um desastre que acabaria com as finanças do clube e mancharia ainda mais a história.
Em um dado momento, o “Trator da Colina” chegou a ser cogitado como possível ídolo, mas em 2019 as coisas desandaram. A diretoria não cumpriu as promessas ao atacante, que voltou muito acima do peso e nunca mais repetiu as boas atuações. O fim dessa relação terminou na justiça cobrando salários atrasados e uma saída pela porta dos fundos.
5º – Darío Conca
Conca era um canhoto de qualidade, mas trocou o Vasco pelo Fluminense e deixou de ser ídolo em São Januário (Foto: Divulgação)
Esse é outro que passa longa de ser ídolo do Vasco. Não ganhou nada. Mas, como citei acima, o critério adotado não trata apenas da história do jogador e, sim, o nível dele. Conca era um craque. Fez uma temporada de encher os olhos em 2007 e foi um dos melhores jogadores do clube na temporada.
Entretanto ele abriu mão de ser um ídolo do Vasco e se transferiu, conturbadamente,para fazer história no rival Fluminense. Era tão craque que foi campeão brasileiro em 2010 jogando todas as partidas e sendo eleito o mellhor jogador da competição. Um canhoto que até Messi iria gostar de ver.Certamente uma boa parte dos vascaínos lamentam não ter assisitido o argentino vestirmais vezes a camisa do Gigante da Colina.
Menção honrosa
Germán Cano, atual centroavante do time, tem extremo potencial para se consolidar como um grande jogador na história do Vasco e, inclusive, passar os três últimos nomes desta lista. Atacante que tem qualidade e sabe fazer gols. Já tem o carinho imenso da torcida. Se nada der errado na relação e no percurso, é só questão de tempo.
Curiosidade
Tanto Messi quanto Riquelme já pisaram em São Januário. O melhor jogador do mundo esteve em 2014 com a Argentina, por conta da Copa do Mundo, treinando na Colina. Já o ídolo do Boca Juniors defendeu o time argentino em 2001 e venceu o Cruz-Maltino por 1 a 0 no local, além também de ter eliminado o Vasco nas quartas de final e ter sido campeão da Libertadores daquela temporada.
Messi treinando em São Januário junto com a seleção da Argentina, em 2014 (Foto: Divulgação)
Não achei fotos da partida em queRiquelme atuou em São Januário, mas o nome dele consta nas fichas técnicas pesquisadas e esta, ao lado de Odvan, foi em La Bombonera, em 2001, na Argentina.
