Processo de R$ 2,2 milhões expõe crise jurídica
O Internacional, já pressionado pela luta contra o rebaixamento no Brasileirão, voltou a enfrentar turbulência nos bastidores. Veio à tona, nesta semana, o processo movido por Taison, no valor de R$ 2.288.523,19, após o clube não cumprir um acordo extrajudicial firmado ainda em 2023. A ação foi revelada pelo jornalista Lennon Haas e acrescenta mais um capítulo à série de problemas jurídicos acumulados pelo Colorado nos últimos anos.
Segundo o processo, o Inter se comprometeu a pagar 12 parcelas de R$ 187.997,70, com início em março de 2023. Porém, os pagamentos já teriam falhado na segunda parcela, em abril daquele ano. Sem retorno da direção, a equipe do jogador ingressou com a cobrança judicial em maio de 2024. Taison retornou ao clube em 2021 e deixou o Beira-Rio no início de 2023.
Taison rompe silêncio e acusa falta de diálogo
Após a repercussão, o ex-camisa 7 decidiu se manifestar publicamente. Em uma postagem direta e carregada de frustração, ele afirmou que evitou expor o clube por três anos, mas foi ignorado pela direção. “Há 3 anos eu e meu staff tentamos marcar reuniões, fazer acordos, ligar, e ninguém atendia. Fomos ignorados”, escreveu.
Taison também negou qualquer tentativa de autopromoção e foi enfático ao afirmar que nunca se considerou ídolo. “Ídolo, pra mim, é o Fernandão. Estou muito abaixo dos verdadeiros ídolos”, disse. Segundo ele, parte do valor devido sequer será recuperado: “Perdi alguns meses desse salário porque não cobrei. Esses meses simplesmente se perderam”.
O jogador também declarou que não tornou o processo público. “Esse processo seria sigiloso se ninguém tivesse ido à internet postar. Eu só estou fazendo o que a lei me permite fazer”, completou.
Ex-atacante cita sofrimento pessoal e cobra empatia
Em tom forte, Taison ainda relembrou o período difícil vivido fora de campo enquanto vestia a camisa do Inter. O ex-atacante falou sobre a perda do pai e o assassinato do irmão, destacando que não recebeu suporte emocional adequado do clube. “Ninguém teve empatia com o meu psicológico naquela época”, desabafou.
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O caso, porém, não é isolado. Outros quatro jogadores do período da gestão Alessandro Barcellos também ingressaram com ações contra o Inter: Liziero, Lucas Ribeiro, Daniel e Mikael. O clube já foi condenado em duas dessas disputas, e outras seguem em andamento. O acúmulo de processos expõe uma crise de gestão que volta a pressionar o ambiente colorado em um dos momentos esportivos mais delicados da década.
