Que zica hein?
Julho parece carregar um peso especial no calendário do Internacional. Nos últimos anos, é sempre nessa época que os problemas se acumulam e a pressão no Beira-Rio atinge o limite. A sequência já virou rotina: o desempenho cai, o ambiente se contamina e o técnico da vez entra na berlinda.

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O roteiro tem sido quase sempre o mesmo. O Inter começa a tropeçar no Brasileirão, sofre com o calendário apertado, enfrenta críticas por não render o esperado nas competições e, antes do fim de julho, troca de comando técnico.
De 2023 para cá, o caso vem acontecendo
Foi exatamente o que aconteceu com Mano Menezes em 2023. Após uma sequência de atuações ruins e um time sem identidade em campo, ele acabou demitido no dia 17 de julho.
Em 2024, a história se repetiu com Eduardo Coudet. Mesmo ainda vivo em torneios de mata-mata, o desempenho abaixo das expectativas custou caro. O argentino foi dispensado no dia 10 de julho, após forte cobrança por resultados melhores.
Agora, em 2025, é a vez de Roger Machado enfrentar o mesmo ciclo. A pesada derrota por 4 a 0 para o Botafogo neste último domingo (11) ampliou a crise. O time soma apenas 9 pontos em 8 partidas no Campeonato Brasileiro Betano e ocupa a 13ª posição, com o fantasma de uma eliminação precoce na Libertadores ainda rondando.

SP – RIO DE JANEIRO – 29/03/2025 – BRASILEIRO A 2025, FLAMENGO X INTERNACIONAL – Roger Machado tecnico do Internacional durante partida contra o Flamengo no estadio Maracana pelo campeonato Brasileiro A 2025. Foto: Thiago Ribeiro/AGIF
Pressão dos torcedores colorados
A pressão já tomou conta das redes sociais, com muitos torcedores pedindo a saída do treinador. A diretoria, por sua vez, veio a público para reafirmar confiança no projeto, mas os bastidores indicam tensão crescente.
Um ponto curioso é que todos os técnicos que caíram nesse período acumulavam um primeiro semestre desgastante, com excesso de jogos, elenco limitado por lesões ou suspensões, e o Brasileirão ficando em segundo plano nas prioridades.

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Quando o segundo semestre chegava, com calendário mais espaçado, o desempenho costumava melhorar. Mas, para os treinadores anteriores, esse respiro veio tarde demais. Agora, a grande questão é: Roger Machado conseguirá resistir à “maldição de julho” ou será mais um a engrossar a lista de vítimas do colapso anual colorado?








