Em noite de retomada para um e estagnação para outro, Fluminense e Internacional escreveram histórias opostas no Beira-Rio, na última quarta-feira (30), pelo jogo de ida das oitavas de final da Copa do Brasil.

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Com gols de Everaldo, o Tricolor das Laranjeiras venceu por 2 a 1 e colocou fim a uma sequência de cinco derrotas consecutivas, enquanto o Colorado se afundou ainda mais em uma crise técnica que já não consegue ser escondida nem pela retórica fora de campo.
Fluminense sai da crise com virada surpreendente e escancara caos no Inter
O Inter, que apostou na descontração nas redes sociais no pré-jogo, mostrou pouco ou nenhum repertório onde realmente importava: no gramado. A equipe de Roger Machado apresentou um futebol travado, previsível e desconectado entre os setores.
Sem conseguir reagir aos avanços do Fluminense e com decisões técnicas questionáveis — como a substituição de Bruno Henrique por Ronaldo mesmo atrás no placar —, o time gaúcho foi incapaz de pressionar ou de criar volume ofensivo na etapa final.
Já o Fluminense foi cirúrgico. Pressionado pelos resultados recentes, Renato Gaúcho adotou um time mais leve e ofensivo, apostando em Everaldo, Serna e Soteldo no ataque. A aposta deu resultado já nos primeiros minutos, quando Serna protagonizou linda jogada individual e Vitão falhou ao cortar, entregando nos pés de Everaldo, que abriu o placar e encerrou um jejum de 13 jogos sem marcar.

RS – PORTO ALEGRE – 30/07/2025 – COPA DO BRASIL 2025, INTERNACIONAL X FLUMINENSE – Tumulto entre jogadores do Internacional e jogadores do Fluminense durante partida no estadio Beira-Rio pelo campeonato Copa Do Brasil 2025. Foto: Maxi Franzoi/AGIF
Apesar do gol de empate de Carbonero, aproveitando rebote de chute de Wesley, o Inter não teve força para construir uma reação. O segundo gol de Everaldo, novamente com Serna como protagonista, jogou um balde de água fria na torcida colorada, que já começava a se impacientar com a lentidão e apatia da equipe.

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Na volta do intervalo, o Inter seguiu sem criatividade. Roger insistiu em um modelo que claramente não funcionava e promoveu substituições conservadoras e desconectadas da necessidade do jogo. O Fluminense, por outro lado, se fechou bem e controlou os espaços, administrando a vantagem com maturidade.
Fluminense acerta nas escolhas
O resultado escancarou dois cenários. O primeiro é o de um Fluminense que, mesmo longe do ideal, reencontra espírito competitivo e mostra que, em torneios eliminatórios, ainda sabe ser perigoso.
O segundo é o de um Inter completamente refém de um modelo que parou de evoluir. O time de Roger Machado não demonstra soluções nem respostas emocionais dentro de campo — e a derrota em casa complica a situação na volta, no Maracanã.
Com o Brasileirão distante e a Libertadores como outro foco decisivo, o Colorado corre risco de ver o mês de agosto ruir em eliminações múltiplas. A resposta precisa ser rápida, tática e emocional. Já o Fluminense ganha moral e, principalmente, tempo — algo raro em tempos de crise.








