O Fluminense confirmou a vaga nas quartas da Copa do Brasil. Com uma atuação repleta de erros técnicos e um segundo tempo de tensão desnecessária, o time de Renato Gaúcho capitalizou a vantagem construída fora de casa e administrou o empate por 1 a 1 no Maracanã – 3 a 2 no agregado.

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Fluminense tenta se impor, mas dura pouco
A estratégia inicial do Flu foi acertada: pressão alta, posse rápida e presença ofensiva com Serna e Canobbio. No entanto, a execução durou pouco. O time se retraiu cedo demais e caiu em erros técnicos que poderiam ter custado caro.
A substituição de Nonato por Lima corrigiu momentaneamente o meio-campo, e o gol logo após o intervalo parecia ter resolvido o confronto. Mas o gol sofrido e a pressão final evidenciaram uma falta de controle emocional e de repertório ofensivo.
Roger Machado e a suas insistências
O lado colorado, por sua vez, voltou a pecar pela insistência em um modelo saturado. Roger Machado abandonou o 3-5-2 da partida anterior e retomou o previsível 4-2-3-1, apostando em jogadores questionados, como Ronaldo, que cometeu o erro capital no gol sofrido.
A lentidão na criação, a pouca agressividade ofensiva e as falhas defensivas revelam um time que estacionou no tempo. A direção também contribui: reforços insuficientes, peças mal inscritas e erros recorrentes em montagem de elenco.
O técnico do Inter, mesmo respaldado internamente, perde apoio da torcida e credibilidade com cada partida. A falta de ideias, de intensidade e de capacidade de reação expõe a limitação de um trabalho que parece ter chegado ao limite.
Os números reforçam o diagnóstico: 12 eliminações em 14 mata-matas desde 2021. O desgaste é evidente e a manutenção do modelo atual parece mais um atraso do que uma aposta.

RJ – RIO DE JANEIRO – 06/08/2025 – COPA DO BRASIL 2025, FLUMINENSE X INTERNACIONAL – Hercules jogador do Fluminense durante partida contra o Internacional no estadio Maracana pelo campeonato Copa Do Brasil 2025. Foto: Jorge Rodrigues/AGIF
Renato, por outro lado, terá agora o desafio de manter um elenco competitivo em três frentes — Brasileirão, Copa do Brasil e Libertadores. O custo físico e técnico já se insinua, e a profundidade do grupo será colocada à prova.
Ponto de vista técnico
Do ponto de vista técnico, a partida foi pobre. Muitos erros não forçados, baixo aproveitamento de passes e pouca criatividade nas duas equipes. A diferença esteve na mentalidade. O Fluminense foi eficiente e soube sobreviver; o Inter foi inofensivo e pagou caro por escolhas equivocadas. Em copas, isso costuma ser determinante.

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Ao fim, ficou a sensação de que um time experiente superou sua má atuação com inteligência tática e mentalidade vencedora, enquanto o outro afundou em sua teimosia tática e desorganização estrutural. A vaga ficou com quem soube jogar o torneio — e não com quem tentou vencê-lo com fórmulas ultrapassadas.








