A troca de gestão no Grêmio passou da fase de transição para um momento de revisão profunda. Com a saída do presidente Alberto Guerra, a nova administração, liderada por Paulo Pelaipe, iniciou uma análise minuciosa das decisões tomadas nos meses finais do antigo comando. No centro do debate estão renovações contratuais consideradas precipitadas.

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Internamente, o clima é de irritação, sobretudo por parte de Pelaipe, com movimentos feitos sem alinhamento ao planejamento da nova gestão. A avaliação é de que algumas decisões comprometeram margem de manobra esportiva e financeira para 2026.
Renovações entram na mira da nova gestão
Entre os casos que mais incomodam estão as renovações de Kannemann e Braithwaite. Ambos os jogadores já possuíam contrato válido até o fim de 2026, o que, na visão da atual direção, tornava desnecessária qualquer ampliação antecipada neste momento.
O entendimento é de que o clube poderia aguardar a evolução esportiva dos atletas antes de tomar decisões definitivas. Para a nova gestão, renovações só devem acontecer quando houver clara justificativa técnica e financeira.

Pelaipe cobra critério e planejamento
Paulo Pelaipe tem sido enfático ao defender uma mudança de lógica na condução do futebol. O dirigente entende que o Grêmio precisa atuar com mais cautela, evitando compromissos longos sem garantias de retorno esportivo ou valorização de ativos.
Nos bastidores, a leitura é de que a antiga gestão atuou no impulso, sem considerar o impacto dessas decisões para o próximo ciclo administrativo. Esse ponto tem gerado desconforto e críticas internas.
Nova política mira controle financeiro
A nova direção pretende implantar um modelo mais rígido de gestão, com foco em controle de gastos, avaliação de desempenho e planejamento de médio prazo. Renovações antecipadas, segundo esse conceito, só ocorrerão em casos estratégicos e bem fundamentados.
A ideia é preservar a saúde financeira do clube e evitar contratos que limitem futuras reformulações do elenco. Para Pelaipe e seus pares, o Grêmio precisa recuperar previsibilidade e organização no departamento de futebol.

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Mesmo sem intenção de revisitar decisões já tomadas publicamente, o episódio expõe um choque claro de visões entre as gestões. A partir de agora, o recado interno é direto: o Grêmio entra em uma nova fase, com menos improviso e mais critério na condução do futebol.








