Balanço financeiro do Vasco

O Vasco associativo apresentou, na última sexta-feira, o relatório financeiro completo do ano de 2023, correspondente ao período em que Jorge Salgado esteve à frente do clube.

Pedrinho do Vasco. Foto: Thiago Ribeiro/AGIF
© Thiago Ribeiro/AGIFPedrinho do Vasco. Foto: Thiago Ribeiro/AGIF

O documento divulgado pela gestão de Pedrinho chegou atrasado em mais de três meses, descumprindo a lei federal que determina a divulgação até 30 de abril, para todos os clubes.

Aumento da dívida

Segundo as informações divulgadas, a dívida do Vasco associativo aumentou para R$ 212 milhões. O clube deve quase R$ 30 milhões ao Vasco SAF. Apesar disso, Pedrinho afirma que este montante estão “pendentes de discussão e entendimento”.

Segundo o documento, “o passivo circulante e não circulante do CRVG em 31/12/2023 é de R$ 212,8 Milhões. O saldo das contingências cíveis e trabalhistas classificadas pelos escritórios como risco de perda possível e remota – e por essa razão, não contabilizadas no balanço de 31/12/2023 – que podem vir a se materializar futuramente totaliza R$ 90,5 Milhões”.

Além disso, o documento fez crítica a 777: “Dentre os erros, o mais crítico foi o aumento do valor da folha salarial do futebol como solução para a situação desesperadora que o clube vivia na tabela de classificação. A folha do futebol foi elevada de forma drástica para níveis similares aos clubes que lutavam pelas primeiras colocações do campeonato, mas o desempenho esportivo foi de zona de rebaixamento.”

Crítica a Salgado

O documento também tinha crítica a Jorge Salgado, ex-presidente do Vasco: “Definitivamente, a temporada de 2023 do futebol vascaíno foi muito aquém das expectativas criadas pelo investimento realizado pelo VASCO SAF. Em nenhum momento a Diretoria Administrativa do CRVG na gestão Salgado se fez valer da sua posição de sócio do VASCO SAF para mudar este cenário árido de competência, pelo contrário, confundiu a torcida vascaína com um discurso omisso onde, em todas as vezes que era preciso intervir, abandonou sua responsabilidade com a desculpa que “o controle do futebol ficava totalmente nas mãos da 777 Partners”. Um erro conceitual grave.”

“O futebol vascaíno é controlado pelo VASCO SAF cuja composição societária é de 70% da 777 Partners e de 30% do CRVG. Falar o contrário é ir à contramão da grandeza do Vasco da Gama e reduz o negócio a uma simples operação de compra e venda de ativos, colocando o desempenho esportivo como uma preocupação secundária.”, completa o documento.