O venezuelano Yeferson Soteldo, de 23 anos, segue com situação indefinida no Santos. Um dos principais destaques da equipe na última temporada, o atacante parece distante da permanência no Peixe. O próprio jogador já admitiu recentemente a dificuldade de ficar no clube paulista por conta do débito com o Huachipato, do Chile, e indica o sonho de atuar na Europa. 

Foto: Ivan Storti/Flickr do Santos FC/Divulgação
Foto: Ivan Storti/Flickr do Santos FC/Divulgação

Na última terça-feira (2), o presidente do Santos, Andres Rueda, em entrevista à Rádio Bandeirantes, praticamente "jogou a toalha". O mandatário lamentou a atitude da antiga gestão, que não pagou o valor prometido aos chilenos. No início de 2019, o Peixe contratou o venezuelano por US$ 3,4 milhões (cerca de R$ 18 milhões), mas o valor nunca foi repassado.

"Soteldo não é jogador do Santos. Santos adquiriu 50% e não pagou um tostão. Como temos direitos federativos, conta nossa posição, mas não parte da nossa vontade o fato dele ser vendido ou não. Seria bom termos recursos para segurar o jogador, mas não depende só do Santos", afirmou o mandatário. 

Por conta da dívida, o Huachipato (CHI) acionou o Santos na Fifa, que proibiu o clube paulista de realizar contratações - os chilenos cobram R$ 40 milhões em uma ação. A expectativa do presidente é chegar a um acordo para encerrar o problema e liberar o clube de registrar atletas para o novo treinador, o argentino Ariel Holan. 

"O transfer ban hoje, teoricamente, é o caso do Soteldo que estava resolvido com o clube chileno, mas demorou muito mais do que esperava, pois o jogador não quer voltar. Houve alguns problemas que a gente está tentando resolver, e a previsão é de que isso seja feito de maneira rápida. Continuamos conversando para chegar a uma solução que atenda a todo mundo", completou.