O Botafogo vive um novo momento na captação de recursos para o clube, e um dos responsáveis por esse processo de melhorar as cifras do Alvinegro é Lênin Franco, diretor de negócios do clube desde julho. Atualmente o time não possui patrocínio master e chegou a recusar algumas ofertas, mesmo necessitando angariar novos fundos.
- Palmeiras empata com o Cruzeiro em 1 a 1 e é campeão brasileiro
- Em despedida de Fábio Santos, Inter bate Corinthians por 2 a 1
Em entrevista ao GE, o diretor explicou que nem sempre o melhor a se fazer é aceitar qualquer oferta em troca de recursos para o clube. “Em relação ao que recusamos, recebemos uma proposta pro máster que era o equivalente ao valor de manga. Disse pra empresa que se o limite financeiro era esse, então podiam se adaptar a outra propriedade. Não posso abrir mão de um espaço tão valioso por conta de qualquer dinheiro, porque isso é ruim para o clube. Não à toa não fechamos com essa empresa e, passado um mês, fechamos com outra empresa, que é do mesmo segmento, para a manga com valor maior do que tinha oferecido. Isso mostra que havia uma desproporcionalidade.”, explicou durante a entrevista.
O diretor também se mostrou contrário a patrocínios pontuais que não solucionam problemas enfrentados pelo clube. “Por exemplo: não sou adepto de patrocínio pontual. Eventualmente pode ser que a gente faça quando é uma oportunidade realmente positiva, mas sou contra porque acho que quando faz muito patrocínio pontual você rifa a camisa que é o seu principal ativo. Isso pode ser um dinheiro que precisa, mas que não resolve a vida do clube e vai trazer um prejuízo para a imagem lá na frente.”, disse.
Lênin Franco ressaltou a importância de não apenas buscar investimento, como proteger e valorizar a marca do Botafogo. “Muito do Botafogo ficar esse tempo sem patrocínio máster é o reflexo pelo que fez lá atrás: entregar as coisas sem fazer conta, não entregar o que prometia… Esse trabalho que fazemos é justamente de recuperar isso, fazer o mercado entender que existem pessoas que estão preocupadas em fazer entregas interessantes. Não só expor. Temos o exemplo agora com o “Vacine-se”. A marca vai pro máster em dois jogos que já fez parte do acordo para poder ter um incremento financeiro. Tudo isso mostra ao mercado que o Botafogo entra numa nova vertente e essa valorização que a marca precisa passa por isso. Nosso papel não é só trazer receita, mas também ser guardião da marca. E uma das maneiras é dar o devido valor a ela.”
O diretor também explicou que para suprir a necessidade de novos recursos, manter a folha de pagamento em dia, ele destaca a importância de ter o torcedor como sócio. “Hoje a gente tem as receitas desses possíveis patrocinadores. Às vezes você tem pequenos negócios, ações mais pontuais que ajudam com valores menores, o próprio plano de sócio, à medida que ele cresce, você tem uma receita imediata que já pode usar. Acredito que nessa reta final nosso foco seria por esses três caminhos. Por isso é tão importante o torcedor comprar a ideia de ser sócio, porque isso dá ao clube um fôlego respeitável para a gente conseguir fazer as coisas.”.








