Recentemente o assunto “clube-empresa” vem ganhando força no Brasil. Alguns clubes, em destaque o Botafogo e o Cruzeiro estão se movimentando nos bastidores para poder aderir ao projeto e entrar de vez nesse mundo. A ideia seria fomentada através da ideia de atrair capitais estrangeiros com investidores para que os times se fortaleçam financeiramente.

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De acordo com matéria publicada pelo portal FogãoNET, em sua participação no programa ‘Redação SporTV’, o jornalista especialista em negócios, Rodrigo Capelo, fez uma análise a respeito da realização do projeto clube-empresa no Brasil. Ele destacou que o futebol brasileiro não é um bom lugar para que investidores estrangeiros coloquem seu dinheiro.
“Imagina uma reunião, tem investidores estrangeiros, preocupados com dinheiro, falam ‘tem que vender esse, esse e esse jogador, senão isso não vai fazer sentido para mim’. O associado estará lá, vai ter o associado do conselho de gestão, que continua participando do negócio. Não vai chegar a esse ponto. O investidor estrangeiro não vai querer participar disso, colocar o dinheiro e ter que dividir as decisões nesse modelo”, declarou Capelo em sua participação no ‘Redação SporTV’.

Foto: Fernando Moreno/AGIF – Botafogo e Cruzeiro trabalham no projeto clube-empresa
“Digo para botafoguense, cruzeirense e todos os outros, estamos falando de um futebol que não é internacional, tem teto e receitas mais baixo, calendário uma porcaria, tem federação estadual ingerindo no negócio o tempo inteiro, não tem fair-play financeiro, risco de inflação, não se paga imposto, tem corrupção endêmica. O futebol brasileiro é difícil, o investimento estrangeiro é improvável. Mas meu papel hoje é avisar que o futebol brasileiro não é bom lugar para quem tem aspiração de ganhar dinheiro, em especial vindo de fora”, analisou Capelo.
“É só olhar a história recente da Botafogo S/A. A primeira tentativa foi ir atrás de botafoguenses muito ricos, como Moreira Salles, não entraram. Depois, pequenos investimentos com botafoguenses, também não aconteceu. Agora investimento estrangeiro. Não estou dizendo que está errado, tem que tentar, mas via mecenato, investimento fragmentado ou estrangeiro, está difícil”, concluiu o jornalista, conforme o FogãoNET.








