O ex-jogador Ronaldo surpreendeu no último final de semana ao anunciar a compra do Cruzeiro. O”Fenômeno” se tornou dono da maior parte das ações do clube mineiro, que luta para retornar à principal divisão do futebol brasileiro e sofre com muitas dívidas. A venda deve impulsionar os modelos de clube-empresa no país e levanta uma série de discussões sobre possíveis interessados nos bastidores.
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No Bahia, o tema entrou em pauta na última reunião do Conselho Deliberativo. Questionado sobre o assunto, o presidente Guilherme Bellintani expôs reuniões com aXP Investimentos, responsável por buscar investidores para Cruzeiro e Botafogo, para entender o processo. O mandatário, no entanto, deixou claro que, até o momento, não existe nenhum tipo de definição sobre o tema.
“Eu sei hoje como foi todo o processo do Cruzeiro, do Botafogo, do Atlhetico-PR, do América-MG, justamente porque a gente fez reuniões para ouvir. Esse é um processo longo e tem que ser cuidadoso. É o que eu digo sempre: podemos escolher associação com investidores? Sim. Podemos escolher não buscar? Sim. Mas não podemos escolher não conhecer. Porque até para ter a negativa, ela vai ser mais substanciada se nós conhecermos qual o propósito e o movimento a ser feito. Não tem absolutamente nenhum encaminhamento. Eu não seria irresponsável de fazer qualquer encaminhamento sem entender o passo a passo disso tudo, dividir com os poderes constituídos do clube, e vocês estão convidados“, afirmou.
Foto: Felipe Oliveira / EC Bahia / Divulgação – O presidente entende que ainda não é o momento para o Bahia discutir o tema
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Bellintani, que garantiu estar apenas realizando seu trabalho como presidente ao tomar conhecimento do tema, admite que o Bahia está refletindo sobre a possibilidade de virar uma SAF (Sociedade Anônima do Futebol). No entanto, o mandatário acredita que ainda não é o momento do clube discutir uma mudanças tão grande nos bastidores.
“Estamos absolutamente antenados e refletindo sobre isso, apesar de a gente achar que não é o momento de colocar esse tema em discussão, porque a gente acha que tem que amadurecer e cuidar disso como o máximo de cautela possível, mas também compreendendo as circunstâncias que vão acontecer no futebol brasileiro imediatamente. Esse movimento do Cruzeiro, o movimento do América-MG, movimento do Athletico-PR, movimento do Bragantino que já está consolidado. Diversos clubes pequenos e médios do futebol brasileiro estão passando a integrar a organização de uma S.A e nós não podemos ficar de fora dessa discussão, mas não temos nada maduro o suficiente para compartilhar“, completou.
