Mesmo com a maioria dos times em grande crise financeira, os clubes seguem de olho no mercado da bola em busca de reforçar suas equipes, tanto para a reta final dos Campeonatos Estaduais quanto para o início do Campeonato Brasileiro. A maioria dos dirigentes espera que até agosto, todos os times estejam de volta à rotina dos jogos.
Nessa linha de procurar por novos jogadores enquanto as competições continuam suspensas, uma história envolvendo o lateral-direito Edílson acabou deixando os dirigentes do Cruzeiro de orelha em pé. Isso porque o presidente do Avaí, Francisco Battistotti, revelou à Rádio CBN que recebeu uma informação de seu gerente de futebol, o ex-jogador Marquinhos, que o ala ligou para ele e pediu para ser negociado com o clube catarinense antes mesmo de rescindir com a Raposa.
“Antes de o Edílson sair (do Cruzeiro) ele ligou para o galego (Marquinhos, gerente de futebol do Avaí) e pediu: ‘Me leva para o Avaí’. O galego veio até mim, disse ‘pô, presidente’. Eu disse, ‘galego, eu estou com o copo transbordando. Quem é que não quer trazer o Robinho ou Edilson? Mas o copo está transbordando’. Se eles vieram com a realidade do Avaí, como veio Ralf e Valdívia, tudo bem. Mas se não for na realidade, nós vamos aguardar”, disse.
Não demorou muito para que o lateral-direito tomasse conhecimento da proporção que a notícia estava tomando e fizesse uma nota de esclarecimento sobre a suposta negociação com o Avaí antes mesmo da rescisão com o Cruzeiro. Na noite desta quinta-feira (18), Edílson explicou que não houve um acerto com o Leão e afirmou que seria antiético de sua parte se acertar com uma equipe sendo que ainda pertencia ao Cabuloso. O medalhão completou que "pegaria" mal para as três partes envolvidas (ele, o time da Raposa e o clube catarinense).
"Queria fazer um esclarecimento sobre o Avaí. É o clube no qual passei minha categoria de base toda, tenho muito respeito porque foi o meu primeiro clube no profissional. E foi colocado por pessoas lá de dentro que eu tinha procurado o clube, que eu teria me oferecido ao clube. Como eu disse, tenho um respeito muito grande pela torcida. Marquinhos, que é meu irmão, tenho certeza de que não saiu da parte dele isso. Mas quero dizer que é completamente antiético tendo contrato com Cruzeiro e me oferecendo a outro clube. Seria antiético pelo Cruzeiro e pelo Avaí. Dizer que não tem nada e que estou indo para Porto Alegre agora", disse o lateral.
No Cruzeiro, apesar de ter se sagrado campeão da Copa do Brasil, em 2018, e do Campeonato Mineiro, em 2018 e 2019, alternou bons e maus momentos, sendo por várias vezes substituído em sua posição pelo volante Lucas Romero. Com a camisa celeste, anotou três gols em 75 jogos.
