Experiência que faz diferença
O Brasileirão Feminino de 2025 tem mostrado que idade não é barreira para o alto rendimento. Jogadoras como Gabi Zanotti, Cristiane e Cacau seguem em destaque, reforçando que a experiência pode ser um diferencial em campo. Zanotti, por exemplo, marcou na final contra o Cruzeiro, aos 40 anos, e se tornou a atleta mais experiente a balançar as redes nesta edição do campeonato.

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Levantamento do Sofascore aponta que Gabi Zanotti e Cristiane, ambas com 40 anos, estão entre as veteranas do torneio. Bruna Benites, Monique Peçanha e Cacau completam a lista das atletas mais experientes, com 39 anos. Clubes como 3B da Amazônia, Fluminense e Real Brasília aparecem com médias de idade mais altas, o que reforça o peso da maturidade na competição.
A zagueira Érika, de 37 anos, destacou a importância da resiliência e da inspiração para as mais jovens. Em entrevista coletiva, ela ressaltou o valor da dedicação diária, mesmo após enfrentar diversas lesões. “Não quero que as meninas novas passem o que passei, quero que valorizem o que têm hoje”, disse, reforçando que o exemplo das veteranas ultrapassa as quatro linhas.

Cristiane, atacante do Flamengo. Foto: Marlon Costa/AGIF
Ajustes para prolongar a carreira
Cacau, do Fluminense, compartilhou a adaptação necessária para manter o rendimento após os 30 anos. Segundo a atacante, cuidados com academia, alimentação e treinos preventivos foram fundamentais para evitar lesões. Ela também reconheceu a inspiração em colegas como Zanotti e Cristiane, destacando que a evolução da estrutura do futebol feminino contribuiu para sua longevidade.
Além de se manter competitiva, Cacau já planeja o pós-carreira. Entre seus projetos estão a comunicação esportiva, podcasts e participação em iniciativas extracampo. “Sempre pensei em parar aos 40, mas parar 100%? Difícil”, afirmou a atacante, que vê no jornalismo esportivo uma oportunidade de seguir conectada ao futebol.
A médica do esporte Flávia Magalhães ressaltou que a longevidade depende de um acompanhamento multidisciplinar. Nutrição, fisioterapia, controle de carga, equilíbrio hormonal e suporte psicológico são peças-chave para manter o alto nível. A especialista destacou que, embora a estrutura feminina ainda seja desigual em relação ao masculino, disciplina e planejamento estratégico são fundamentais para prolongar carreiras.

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Dicas práticas para manter o alto rendimento
Entre as recomendações da doutora Flávia estão: nutrição equilibrada e suplementação adequada; acompanhamento fisioterápico constante; exercícios de força e flexibilidade; monitoramento da carga de treinos e períodos de recuperação; além de planejamento de carreira para garantir transição segura após a aposentadoria. Esses fatores têm permitido que jogadoras veteranas sigam como exemplos de dedicação e inspiração no futebol feminino.








