Jogadoras denunciam precariedade na Copa América Feminina 2025
Enquanto brilham dentro de campo, as atletas da Copa América Feminina 2025 enfrentam uma dura realidade fora dele. As principais jogadoras do continente vêm denunciando, desde o início da competição, uma série de problemas estruturais e logísticos que colocam em risco a integridade física, a preparação e até o espetáculo do futebol feminino sul-americano.

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Desde o dia 11 de julho, quando o torneio teve início no Equador, as seleções convivem com regras absurdas, gramados em péssimo estado, instalações improvisadas e falta de público.
O Estádio Gonzalo Pozo Ripalda, em Quito, sediou nove dos dez jogos do Grupo B e foi epicentro das reclamações. Um dos pontos mais revoltantes era a proibição do aquecimento em campo para jogadoras de linha, sob justificativa de preservar o gramado.
Brasileiras ficaram na bronca
A norma, imposta pela Conmebol, só permitia que goleiras realizassem a movimentação pré-jogo no gramado. O impacto foi imediato: Kerolin sentiu dores antes da estreia do Brasil contra a Venezuela e sequer pôde ser avaliada adequadamente pela comissão técnica, ficando de fora da partida.

Marta pela Copa América Feminina 2025. (Foto de Franklin Jacome/Getty Images)
Na segunda rodada, contra a Bolívia, uma cena surreal: Brasil e Bolívia foram obrigadas a dividir uma sala de 15 metros quadrados com cheiro de tinta para se aquecer. O técnico Arthur Elias foi direto ao criticar a situação: “Estamos em uma competição que não permite nem aquecer as reservas. Isso facilita lesão.”
Vários problemas na Copa América Feminina
A pressão das jogadoras surtiu algum efeito. Seis dias após o início da competição, a Conmebol recuou e liberou o aquecimento em campo para todas as atletas, por até 15 minutos. Mas os problemas não pararam por aí. Com ingressos a partir de apenas três dólares (cerca de R$ 16), a média de público nos jogos não passa de 300 torcedores. Brasil enfrenta o Uruguai por uma vaga na próxima Olimpíada.

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A premiação também estagnou: US$ 1,5 milhão (R$ 8,3 milhões) para a campeã, o mesmo valor da edição de 2022. “Cobram de nós desempenho de alto nível, mas não oferecem estrutura mínima”, lamentou a capitã Marta, visivelmente incomodada.








