Mudança drástica e polêmica no futebol feminino inglês
A Federação Inglesa de Futebol anunciou nesta quinta-feira (1) uma mudança drástica em sua política de inclusão. Mulheres transgênero estão proibidas de atuar em competições do futebol feminino inglês. A medida passa a valer a partir do dia 1º de junho deste ano e segue decisão da Suprema Corte do Reino Unido, que alterou a definição legal de “mulher”.
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Em decisão tomada no último dia 16 de abril, a Suprema Corte britânica determinou que a definição legal de “mulher” deve se basear exclusivamente no sexo biológico. Com isso, a FA (The Football Association) teve que rever suas políticas e aplicar a nova definição a todos os níveis do futebol sob sua jurisdição, incluindo a modalidade feminina.
Vinte jogadoras afetadas
A mudança afetará diretamente ao menos 20 jogadoras que atualmente estão registradas em clubes do futebol feminino na Inglaterra, segundo estimativas divulgadas pela imprensa britânica. A decisão causou forte repercussão, tanto entre atletas quanto entre entidades ligadas aos direitos LGBTQIA+.
Em nota oficial, a Federação Inglesa de Futebol afirmou que já está entrando em contato com as atletas afetadas para discutir alternativas e possíveis caminhos dentro do esporte.
Clássico de Manchester pela FA Cup feminina (Photo by Jan Kruger/Getty Images)
“Entendemos que isso será difícil para as pessoas que simplesmente querem jogar o jogo que amam, no gênero com o qual se identificam. Estamos, entretanto, em contato com as mulheres transgênero registradas que estão jogando atualmente para explicar as mudanças”, escreveu a entidade.
Federação Escocesa também acatou a decisão
A Federação Escocesa de Futebol também confirmou que seguirá a decisão da Suprema Corte. No entanto, segundo comunicado da entidade, as mudanças no regulamento escocês só serão efetivadas a partir da temporada 2025/2026, o que dá mais tempo de transição para as atletas envolvidas.
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A decisão britânica ocorre em meio a um debate internacional sobre inclusão, competitividade e identidade de gênero no esporte. Organizações de defesa dos direitos humanos têm manifestado preocupação com os impactos diretos sobre a participação de mulheres trans no esporte, alertando para possíveis retrocessos em políticas de inclusão e respeito à diversidade.
