Quem é Fábio e por que está em pauta hoje?
Nascido em Nobres, no Mato Grosso, Fábio Deivson Lopes Maciel é um goleiro histórico do futebol brasileiro, com passagens marcantes pelo Cruzeiro e atualmente jogando pelo Fluminense.
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Aos 44 anos, segue atuando em alto nível e se consolidou como peça-chave no time carioca, sendo também ídolo do clube. Com 1,89m de altura, é considerado um dos maiores goleiros da história do futebol brasileiro, reconhecido por sua longevidade e profissionalismo.
Fabio goleiro do Fluminense durante partida contra o America de Cali pela Copa Sul-Americana de 2025. Foto: Jorge Rodrigues/AGIF
Como Fábio iniciou sua trajetória e se destacou no futebol brasileiro?
Fábio iniciou sua carreira no União Bandeirante, do Paraná, em 1997, quando foi convocado para a Seleção Brasileira Sub-17, conquistando o Sul-Americano e a Copa do Mundo da categoria. Depois, passou pelo Athletico Paranaense, onde conquistou o Campeonato Paranaense de 1998, sem entrar em campo em nenhuma oportunidade.
Em 1999, aos 19 anos, foi emprestado ao Cruzeiro, onde estreou pelo time profissional contra o Universitário do Rio de Janeiro. Atuando como reserva, conquistou a Copa do Brasil de 2000. Após o empréstimo, retornou ao União Bandeirante e, ainda em 2000, foi para o Vasco da Gama, onde se consolidou no futebol brasileiro.
Entre 2002 e 2004, Fábio se tornou titular absoluto do Vasco, após a saída de Hélton. Durante esse período, fez parte das conquistas da Copa João Havelange em 2000, da Copa Mercosul em 2000 e do Campeonato Carioca em 2003.
Também foi convocado por Parreira para a Copa das Confederações de 2003 e para a Copa América de 2004, este último a Seleção Brasileira foi campeã. Após problemas com Eurico Miranda, presidente do Vasco, Fábio negociou seu retorno ao Cruzeiro, iniciando uma das passagens mais marcantes de sua carreira.
Como foi a passagem de Fábio no Cruzeiro?
A trajetória de Fábio no Cruzeiro é histórica. Ele se tornou ídolo do clube, sendo o jogador com mais partidas disputadas na história da equipe, com mais de 900 jogos. Durante a primeira passagem, suas atuações renderam convocações para a Seleção Brasileira. Em 2006, conquistou o segundo título do Campeonato Mineiro.
Com muita regularidade e longevidade, acumulou 976 partidas pelo Cruzeiro, participando de campanhas importantes e sendo frequentemente colocado como um dos melhores goleiros do futebol brasileiro.
Fábio encerrou sua passagem pelo Cruzeiro em janeiro de 2022, após não chegar a um acordo com a nova gestão do clube. Ele deixou o time com 12 títulos conquistados e aceitou o projeto do Fluminense.
Fabio ex-jogador do Cruzeiro comemora gol durante partida contra o Atletico-MG no estadio Mineirão pela Copa do Brasil de 2019. Foto: Thomas Santos/AGIF
Quando Fábio chegou ao Fluminense e qual foi o contexto?
Fábio chegou ao Time de Guerreiros em 19 de janeiro de 2022, com contrato de uma temporada, gerando grande expectativa pela experiência e longevidade do atleta. A chegada do goleiro repercutiu pela forma como deixou o Cruzeiro, onde era ídolo. No Fluminense, assumiu imediatamente a titularidade e se tornou um dos principais nomes do elenco.
O goleiro foi decisivo em diversas ocasiões, inclusive na campanha histórica da Libertadores de 2023, conquistada pelo clube. Fábio foi titular durante toda a campanha, destacando-se na final contra o Boca Juniors, e se tornou o goleiro mais velho a conquistar a competição, aos 43 anos.
Em 2024, também conquistou a Recopa Sul-Americana contra a LDU, reforçando seu impacto e consolidando-se como ídolo em mais um clube.
Fábio sendo anunciado pelo Fluminense em 2022. (Mailson Santana/FFC)
Como está o desempenho de Fábio no Fluminense atualmente?
Atualmente, Fábio segue como titular absoluto do Fluminense e é peça essencial no esquema do técnico Renato Gaúcho. Na temporada de 2025, disputou 54 jogos, onde não tomou gol em 22 partidas, demonstrando alto nível de atuação e consistência.
O técnico Renato Gaúcho elogiou o goleiro: “É um presente estar trabalhando com o Fábio”. destacando a longevidade e o profissionalismo do brasileiro. O presidente Mário Bittencourt também o reconheceu como um profissional sério e exemplar, “Ele é um cara muito sério”, disse o presidente ao Itatiaia.
Quais foram os feitos e recordes de Fábio na carreira?
Ao todo, Fábio conquistou 24 títulos ao longo da carreira. Sendo campeão em todos os clubes que passou, exceto o União Bandeirantes, seu clube de formação. Veja os títulos abaixo:
- Atlético Paranaense: Campeonato Paranaense de 1999
- Vasco: Copa Mercosul de 2000; Campeonato Brasileiro de 2000; Campeonato Carioca de 2003.
- Cruzeiro: Copa do Brasil (2000, 2017 e 2018); Campeonato Mineiro (2006, 2008, 2009, 2011, 2014, 2018 e 2019).
- Fluminense: Taça Guanabara (2022 e 2023); Campeonato Carioca (2022 e 2023); Libertadores de 2023; Recopa Sul-Americana de 2024.
- Seleção Brasileira: Campeonato Sul-Americano Sub-17 (1997); Copa do Mundo Sub-17; Copa América de 2004.
Entre seus recordes, Fábio alcançou 1.397 partidas oficiais em 2025, superando Peter Shilton como o atleta com mais jogos disputados no futebol mundial. Ele também é o jogador mais velho a atuar na Série A, pelo Tricolor das Laranjeiras, o mais velho a conquistar títulos importantes, incluindo a Libertadores e o Campeonato Brasileiro.
Além desses recordes recentes, Fábio é o jogador brasileiro com mais partidas na história da Copa Libertadores da América, o atleta com mais partidas na história do Campeonato Brasileiro, o goleiro com mais partidas sem sofrer gols na história do Campeonato Brasileiro de pontos corridos e jogador com mais partidas na história da Copa do Brasil. É também o jogador com mais jogos pelo Cruzeiro, com 976 partidas, e continua ampliando sua lista de feitos com atuações consistentes e liderança dentro de campo.
Por que Fábio teve poucas oportunidades na Seleção Brasileira?
Apesar de sua longevidade, desempenho consistente e conquistas em clubes como Cruzeiro e Fluminense, Fábio teve poucas oportunidades na Seleção Brasileira principal, e sem sequer disputar uma partida oficial pela equipe, algo que gera surpresa e questionamentos até hoje. Muitos, incluindo o próprio goleiro e o ex-lateral Jorginho, consideram difícil entender por que um atleta tão regular e vitorioso não teve mais chances, “Eu não sei o porquê o Fábio nunca esteve em uma Copa do Mundo”, destacou Jorginho.
Para torcedores e especialistas, Fábio figura entre os maiores injustiçados da história da Seleção, mostrando que talento e profissionalismo nem sempre garantem reconhecimento imediato no cenário internacional, mas consolidam um legado admirável no futebol nacional.
Fábio junto com outros jogadores da Seleção Brasileira na Copa América de 2004. (Nilton Santos/CBF)
Qual é o legado de Fábio no futebol e o que esperar do futuro?
Fábio é reconhecido pelo profissionalismo, longevidade e liderança. Seu legado inclui consistência, disciplina e dedicação, sendo exemplo para jogadores jovens e veteranos. Ele representa experiência e segurança, tanto para goleiros quanto para o elenco do Tricolor Carioca, sendo fundamental em disputas de títulos importantes.
Com contrato renovado até dezembro de 2026, Fábio deve seguir como peça-chave do Fluminense. A expectativa é que mantenha o alto nível, ajudando o clube a conquistar novos títulos e transmitindo conhecimento para futuras gerações de atletas.
Sua trajetória, do interior do Paraná aos grandes palcos do futebol brasileiro, mostra que disciplina, fé e dedicação podem sustentar uma carreira vitoriosa por décadas, tornando Fábio uma referência incontestável no futebol nacional e mundial.
Seguir colecionando títulos ou encerrar um ciclo histórico?
Do interior do Mato Grosso aos palcos mais importantes da América, sua carreira é um exemplo de profissionalismo e fé, onde conquistou torcidas com sua liderança e personalidade. O goleiro ainda sonha com novos títulos pelo Fluminense, mas resta saber: Será que o arqueiro conseguirá manter o alto nível e seguir colecionando títulos pelo Fluminense até 2026? Ou sua renovação marcará a reta final de uma carreira brilhante, deixando espaço para novos nomes assumirem o protagonismo?
