Após dois meses, o presidente doFluminense, Mário Bittencourt, voltoua falar com a imprensa. Passadas as eliminações na Libertadores e Copa do Brasil neste ínterim, o cartola tricolor resolveu abrir o jogo sobre uma série de situações que permeam o ambiente nas Laranjeiras. Saída de Nenê, dívidas, críticas a Paulo Angioni, contratações e sondagens protagonizaram o pronunciamento do mandatário.

Montagem: fotos de Lucas Merçon e Mailson Santana/Fluminense FC
Montagem: fotos de Lucas Merçon e Mailson Santana/Fluminense FC

Veja as principais respostas de Bittencourt:

SAÍDA DE NENÊ
“O Nenê queria um contrato mais longo, queria jogar mais dois anos. Falamos que não tínhamos como falar desse assunto com ele, então ele pediu para ir para um lugar onde teria um contrato maior. Fizemos uma reunião transparente.Nenê abriu mão do salário dele até o fim. Foi uma saída extremamente rápido e ambas as partes reconhecem que ele entregou o máximo aqui. Não podemos discutir o varejo, temos que discutir o todo”.

FOTO: LUCAS MERÇON / FLUMINENSE F.C.

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RELAÇÃO COM EDUARDO URAM
“É a mesma com outros empresários em todos os clubes. Não existe jogador do mundo que não tem empresário e a relação dele com o clube é muito antes da minha chegada. O Mariano é dele, do Cuca”.

VAI RENOVAR COM WELLINGTON?
“Colocamos uma cláusula porque o pedido era para vir por dois anos. Nós não queríamos fazer dois anos fixos, mas ele foi um pedido da nossa comissão técnica fixa. Dentro das contratações que o clube faz, há diversas opiniões.Do scout, do treinador, da comissão… Como o atleta tinha o histórico de cirurgias, nosso departamento médico orientou que colocássemos uma cláusula de performance para ver se ele estaria fisicamente bem.Confesso que não sei o percentual e se ele atingiu. Mas as negociações estão sempre abertas. No final do ano vamos sentar e analisar o contrato para saber com ele e com a comissão técnica. Não vamos cometer o erro que foi cometido no passado”.

FOTO DE MAILSON SANTANA/FLUMINENSE FC

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CAIO PAULISTA
“Sobre Caio Paulista, só existe opção de compra quando você paga pelo empréstimo. Em 2020, ele tinha proposta do Internacional para ganhar mais do que aqui, mas veio de graça para o Fluminense. Ele fez uma promessa para a mãe”.

LUCCAS CLARO, NINO e MATHEUS FERRAZ
“Sobre Matheus Ferraz, foi procurado pela Chapecoense. Em 2014, quando fui vice-presidente de futebol, ouvia que zagueiro é o seguinte: se você tem 6, você tem 5; se tem 5, tem 4; se tem 4, tem nenhum pelas advertências.Sabíamos da possibilidade do Nino ser convocado, da possibilidade de chegar uma proposta para o Nino que não aconteceu. Quando o Matheus foi procurado, entendemos por bem esticar o contrato. O Luccas Claro tem uma cláusula de saída para o exterior em caso de saída para o exterior se chegar a determinado valor. Foi por questão de planejamento. O Matheus é um líder que nos ajuda internamente”.

FOTO DE LUCAS MERÇON/FLUMINENSE FC

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CRÍTICAS A PAULO ANGIONI
“Angioni é o diretor de futebol do clube, viaja com o time, decide o planejamento diário do futebol. Exerce toda a função de diretor executivo. As pessoas falam de profissionalismo, hoje temos um modelo profissional.O fato de ele falar ou não, é opção dele, que opta pela discrição. Conheci o Paulo em 2014, ele retornou na gestão anterior e é um profissional que gostamos muito. Nós trabalhamos olhando internamente para ter estabilidade.Nós temos um defeito no país de não valorizar os cabelos brancos. Eu valorizo, acredito na experiência. Ele é um cara que não tá falando porque não está preocupado em dar entrevista”.

INVESTIMENTO EM REFORÇOS
“Sobre scout, analisamos para o ano que vem um centroavante jovem de um clube sul-americano. Mas tinha uma proposta de 12 milhões de dólares da Europa. Nós compramos Pacheco e Michel Araujo, agora o Caio, até voltar a investir alto.Nossa folha é estimada em 4,5 milhões por mês com tudo incluído, salário e imagem. Os rivais tem 16 milhões por mês. Se em três, quatro anos, conseguirmos dobrar a nossa folha, vamos disputar todas as competições. O Grêmio levou 10 anos”.

FOTO DE LUCAS MERÇON/FLUMINENSE FC

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ROGER MACHADO E TÉCNICOS
“Avaliamos o contexto. Do que já vivemos e de planejamento de médio a longo prazo. Quando trouxemos o Odair, nos pediu um contrato de dois anos. Perdemos o Odair para a Arábia porque o contrato era curto. Com o próximos, optamos pelo longo.Eu acredito em trabalho a longo prazo. Fiz um contrato de dois anos com o Roger porque tivemos receio de perdê-lo no meio do trabalho. Foram divulgadas multas totalmente fora da realidade. Fizemos um acordo [de rescisão] e está no fluxo”.