O Fluminense vem surpreendendo a maioria dos fãs de futebol ao figurar na parte de cima da tabela. O futebol apresentado pelo time da Laranjeiras só não é novidade ao torcedor tricolor, que desde o início da temporada avisa que a equipe poderia brigar por coisas grandes na temporada. O título do Cariocão em cima do Flamengo foi apenas uma premonição do que estaria por vir.

Agif/Thiago Ribeiro - Nonato revela tática de Fernando Diniz
© 1287Agif/Thiago Ribeiro - Nonato revela tática de Fernando Diniz

 

A queda na Libertadores foi a fase ruim do Flu na temporada. Na visão do treinador Abel Braga a solução seria a troca no comando técnico. Com enorme identificação com o Clube, Abel pediu demissão pela má fase que vivia a equipe na época, depois de vencer o Carioca. Em maio chegou ao cargo Fernando Diniz, que trouxe junto a mentalidade de futebol ofensivo, com muito toque de bola. Para o meio-campista Gustavo Nonato, o novo professor impactou muito positivamente o psicológico dos atletas.

“Abel chegou, e o Fluminense vivia uma seca considerável de títulos. Ele conseguiu trazer esse campeonato, foi importante para trazer o torcedor para o estádio e retomar essa confiança. Deu aquele alívio. Claro que sempre há uma turbulência na transição, mas acho que a parte mental que o Diniz implementou na gente foi muito importante. Ele sempre retomava o assunto de quanto a gente era grande, de quanto a gente tinha que se sentir grande. Ele só precisava extrair isso, e acho que ele vem demonstrando isso através dos resultados”, defende Nonato.

Nonato ainda explicou como o treinador consegue melhorar o rendimento da equipe com os treinamentos. O que pertence ao Internacional, e está emprestado ao Flu, disse que Diniz vai dormir tarde da noite estudante lance dos adversários. Após enxergar as armas dos rivais, o técnico tenta em campo colocar em prática exercícios que possam inibir os times em campo.

“É um cara que treina muito, que se dedica muito. Ele fica até de madrugada vendo jogos de outras equipes e os nossos jogos. Ele trabalha com muito vídeo e conversa. No próprio campo, ele pensa em todas as situações possíveis, estuda os adversários. Mas o trabalho mental que é feito é fundamental para puxar o melhor de cada jogador. É uma palavra de confiança. Ele fala: pode errar à vontade e diz que fui eu”, revela o jogador.