Acostumado a brilhar pelo talento ofensivo desde 2019, o Flamengo comandado pelo treinador Filipe Luís vive uma transformação silenciosa, e talvez a mais consistente da era recente.

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Em vez de depender de artilheiros ou de um ataque dominante, o time chega à final de Libertadores em sete temporadas sustentado por uma defesa histórica, que hoje é o principal diferencial em relação ao rival mais constante dos últimos anos: o Palmeiras.
A virada de protagonismo: da frente para trás
Nos tempos de Jorge Jesus, Rogério Ceni e Dorival Júnior, o Flamengo era sinônimo de força ofensiva. Agora, o sistema defensivo se tornou o alicerce de um time que venceu o Racing na semifinal e não sofreu gols, com atuações seguras de Rossi, Léo Pereira e Léo Ortiz.
Segundo dados levantados pelo Sofascore, Léo Pereira venceu seis de sete duelos aéreos, enquanto Léo Ortiz ganhou quatro de cinco e ainda bloqueou um chute decisivo. O desempenho foi coroado pela entrada de Danilo, que neutralizou o jogo aéreo argentino ao cortar quatro cruzamentos após a expulsão de Plata.
Os números reforçam o status: o Flamengo tem a melhor defesa do Brasil. Foram 16 gols sofridos em 29 jogos do Brasileirão, dez a menos que o Palmeiras, que sofreu 26 no mesmo período.
Enquanto Abel Ferreira costuma alternar peças e testar formações, Filipe Luís manteve fidelidade à sua dupla titular. A confiança nos “Léos” criou entrosamento e consistência, algo que o Palmeiras, mesmo com um elenco mais rotativo, não conseguiu repetir nesta temporada.

Léo Pereira jogador do Flamengo durante partida contra o Racing no estadio Maracana pelo campeonato Copa Libertadores 2025. Foto: Jorge Rodrigues/AGIF
O time rubro-negro exibe compactação nas linhas, segurança nas bolas aéreas e recuperação rápida pós-perda, elementos que se refletem na confiança transmitida por Erick Pulgar, o volante que Filipe classifica como “pilar” da equipe.

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O desafio final
Flamengo e Palmeiras se enfrentam na final da Libertadores de 2025. A estratégia de ambos os times no torneio reforça que o embate será uma aula de tática de Abel Ferreira e Filipe Luís.








