A vitória do Flamengo por 2 a 1 sobre o Cruz Azul-MEX, nesta quarta-feira (10), que garantiu o time rubro-negro na semifinal da Copa Intercontinental da FIFA, ficou marcada não apenas pelo brilho de Arrascaeta, autor dos dois gols da partida, mas também pelo público baixo no Estádio Ahmad bin Ali, em Al-Rayyan, no Catar.

- Arrascaeta chega a quase 50% de influência em decisões pelo Flamengo
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Apenas 7.108 torcedores estiveram presentes na arena, número considerado extremamente baixo para um jogo de caráter mundial envolvendo um dos clubes de maior torcida do planeta. A cena chamou atenção de jogadores, comissão técnica e também de jornalistas que acompanhavam a transmissão.
Após a partida, o volante Jorginho admitiu estranheza ao atuar em um estádio quase vazio. Para ele, a ausência de público contrastou com a grandeza da competição e exigiu dos atletas uma motivação extra dentro de campo.
Palco vazio para ver o Mengão no Mundial
“É diferente, né? Em uma competição desse tamanho, onde você representa continentes, esperávamos e gostaríamos que fosse mais cheio. Mas você busca a motivação dentro de você, pelo que você representa. É uma camisa pesada”, afirmou o jogador ao SporTV.
Bruno Henrique seguiu na mesma linha, reforçando que o cenário foi inesperado para um torneio com status de Mundial de Clubes, ainda que tenha demonstrado esperança em uma presença maior de torcedores rubro-negros nos próximos jogos.

Pouco mais de 7.000 torcedores assistiram in loco a Flamengo x Cruz Azul em Al-Rayyan – Foto: Getty Images/Getty Images
Na bancada do SporTV, o jornalista Eric Faria foi mais contundente e direcionou críticas diretas à FIFA, questionando a insistência da entidade máxima do futebol em levar o torneio ao mundo árabe, mesmo diante da dificuldade de mobilização de torcedores.
“Se a FIFA quer fazer desse Intercontinental um sucesso, precisa rever o local da competição e não ir só atrás do dinheiro dos árabes. Hoje só tinham 7 mil pessoas, é muito decepcionante”, disparou o repórter.
Sequência do Flamengo no Intercontinental da FIFA
Eric ainda ressaltou os entraves econômicos e logísticos enfrentados pelos torcedores sul-americanos, especialmente os brasileiros, para acompanhar o torneio in loco. “Não tem como o público do Brasil se mobilizar tão rapidamente após a final da Libertadores. É caro ir para Lima, imagine então ir para o Catar”, completou.

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Dentro de campo, o Flamengo segue focado. Classificado para a semifinal da Copa Intercontinental, o time comandado por Filipe Luís volta a jogar no próximo sábado (13), às 14h (de Brasília), novamente no Estádio Ahmad bin Ali, quando enfrenta o Pyramids, do Egito.








