BH é alvo de polêmica fora dos gramados
O atacante Bruno Henrique foi punido com suspensão de 12 partidas na última quinta-feira (4), em julgamento do STJD sobre o fato do jogador ter forçado um cartão amarelo e beneficiado apostadores em 2023, na partida entre Flamengo x Santos pelo Brasileirão Betano daquele ano.
O atleta foi condenado no artigo 243-A do Código Brasileiro de Justiça Desportiva, que fala sobre “atuar de forma contrária à ética desportiva”, sendo a pena de 12 jogos como a máxima. Porém, BH foi absolvido em relação à previsão de suspensão por tempo.
Neste artigo, fala sobre “atuar, deliberadamente, de modo prejudicial à equipe que defende”. Caso Bruno Henrique fosse condenado, ele poderia pegar dois anos de gancho. Porém, o tribunal não encarou que o jogador cometeu a infração para receber pagamento ou qualquer vantagem.
Pena de Bruno Henrique revoltou rivais
Nas redes sociais, diversos torcedores rivais do Flamengo mostraram revolta por achar que a pena foi muito branda, chegando a comparar o caso com de outros jogadores que pegaram um, dois anos ou até banimento pelo tribunal esportivo.
Ainda em 2023, a Polícia Federal deflagrou a operação “Penalidade Máxima”, que investigou um esquema de manipulação envolvendo jogadores e apostadores. No geral, 22 atletas foram condenados. Desses, 21 tiveram penas maiores que a de Bruno Henrique.
Bruno Henrique foi punido por ter forçado cartão amarelo em Flamengo x Santos em 2023, em Brasília. Foto: Mateus Bonomi/AGIF
Alex Manga, Eduardo Bauermann e mais sete jogadores pegaram um ano de gancho. De forma ainda maior, quatro jogadores pegaram 600 dias. Vitor Mendes, Nino Paraiba e mais cinco foram punidos por dois anos. Por fim, cinco atletas foram banidos de forma permanentemente.
A diferença dos casos para Bruno Henrique
De acordo com o advogado Michel Assef, que defende o Flamengo, existe diferença entre BH e outros casos. “O que aconteceu com o Bruno Henrique não tem nenhuma relação com os casos julgados pelo STJD antes. As punições mais severas puniram uma fraude ao jogo, ou seja, alguma combinação fora para que, no jogo, algo artificial aconteça. Nos outros temas, aconteceu exatamente isso”, iniciou em entrevista ao Seleção Sportv desta segunda (8)
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“Atletas foram abordados e combinaram determinadas jogadas para se favorecerem fora do campo. O Bruno Henrique já planejava tomar o 3º cartão amarelo, o cartão amarelo não é atitude antiética, não é atitude antidesportiva, faz parte da estratégia do jogo“, explicou o advogado em outro momento da entrevista.
