Boto no Flamengo
O diretor-técnico português, José Boto, tem um acordo com o presidente Bap para assumir a função no Flamengo. A expectativa é que ele chegue depois do Natal. Apesar de ser pouco conhecido no Brasil, o diretor é famoso no meio do futebol na Europa.
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Um dos destaques de Boto por onde passou, é: achar jogadores com potencial no mercado, fazer eles se destacarem, ficarem valorizados e depois serem vendidos por valores acima do que quando contratados. Esse histórico aconteceu principalmente no Benfica e Shakhtar Donetsk.
O diretor se destaca em achar jogadores nos mercados sul-americano e do sudeste Europeu. Ele foi responsável pela contratação de vários brasileiros na Europa, como: Ederson, Ramires, Dodô, Fernando e David Luiz, zagueiro do elenco do Flamengo.
“Achados” de Boto
Ederson: o goleiro da Seleção Brasileira foi dispensado pelo São Paulo e depois foi contratado pelo Benfica em 2010, de graça. Em 2017, foi vendido ao Manchester City, da Inglaterra, por 40 milhões de euros (Aproximadamente R$ 145 milhões).
Ramires: O volante foi contratado pelo Benfica em 2009, por 7,5 milhões de euros (R$ 21 milhões), quando ainda estava no Cruzeiro. Em 2010, uma no depois, foi vendido para o Chelsea, da Inglaterra, por 22 milhões de euros (cerca de R$ 50 milhões).
Ederson foi vendido por Boto ao Manchester City. Foto: Alex Livesey/Getty Images
David Luiz: o zagueiro do atual elenco do Flamengo estava no Vitória quando foi contratado por Boto para defender o Benfica em 2007. O valor da transferência foi de 700 mil euros (R$ 1,9 milhão). Em 2011, foi vendido para o Chelsea, da Inglaterra, por 25 milhões de euros (R$ 57 milhões).
Di Maria: Em 2010, o argentino foi comprado pelo Benfica, por 6,5 milhões de euros (R$ 17 milhões), quando ainda estava no Rosario Central. Já em 2010, ele foi vendido ao Real Madrid, da Espanha, por 25 milhões de euros (cerca R$ 56 milhões).
Matic: Um dos maiores lucros de Boto com dirigente foi com o volante da Sérvia, Matic. O jogador estava sem espaço no Chelsea e foi cedido ao Benfica na negociação envolvendo David Luiz em 2011. Três anos depois, em 2014, o clube do diretor o vendeu novamente ao time inglês por 25 milhões de euros (aproximadamente R$ 80 milhões.)
Outros achados do diretor:
Witsel: Foi contratado por 7 milhões de euros (R$ 15,5 milhões) e vendido por 40 milhões de euros (R$ 102 milhões).
Lindelof: Zagueiro foi comprado por 300 mil euros (R$ 770 mil) e foi vendido ao Manchester United por 35 milhões de euros (R$ 132 milhões).
Dodô: o lateral-direito foi comprado do Coritiba por 2 milhões de euros (R$ 7,7 milhões) e foi vendido para a Fiorentina por 14,5 milhões de euros (R$ 78 milhões).
Fernando: Atacante foi comprado do Palmeiras por 5,5 milhões de euros (R$ 24 milhões) e foi vendido por 6 milhões de euros (R$ 33 milhões).
Boto sobre sua filosofia
Em maio de 2020, Boto deu uma entrevista e revelou sobre sua filosofia de trabalho: “Primeiro, acredito em departamentos pequenos porque a informação circula mais rápido. É uma questão de gerenciamento de tempo, desde o momento em que você vê o jogador até o que decide. Quanto mais tempo o jogador que te interessa joga e se destaca, mais você vai pagar. Os clubes têm que pensar que um departamento de scout não é para gastar dinheiro, é para economizar.”
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“Muitas vezes, é tão importante quanto quem você traz e quem você impede o seu clube de trazer. Gastar dinheiro com olheiros é economizar dinheiro no final. Também somos o contraponto para as ideias de treinadores que querem trazer “seus” jogadores, ou protegemos o clube da influência de empresários. Temos que evitar contratar por contratar.”, completou o diretor, em entrevista ao jornal “AS”, da Espanha.