Jorge Jesus é amplamente reconhecido como um dos técnicos mais importantes da história do Flamengo por muitas pessoas. Durante aproximadamente um ano no cargo, entre 2019 e 2020, o treinador conquistou cinco títulos e ainda é lembrado com saudade pelos torcedores. No entanto, nem todos sempre tiveram uma experiência tão positiva com o treinador português.
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Um desses casos é o de Vinicius Souza. O volante, que foi revelado pelo Rubro-Negro e atuou na última temporada emprestado ao Espanyol, compartilhou suas lembranças em uma participação no Charla Podcast, na terça-feira (20). Ele relembrou como foi difícil lidar com a relação com Jorge Jesus no início de sua carreira.
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“Comigo era sempre, colete de titular, falava com geral da minha família, hoje vai… sobreaviso direto. De titular para sobreaviso. Contra o Corinthians, Arão não vai jogar, Piris não vai jogar, me chamou, ‘vai você’… eu falando com todo mundo, agora vai, vou jogar, vou jogar. Fiquei no camarote. De início? Nenhum. Só Carioca e olhe lá, porque era o Mauricinho. Só promessa, igual deputado. Só me prometia, aí eu ficava boladão com ele, esse cara gosta de mim nada”.
Foto: Marcello Zambrana/AGIF – Vinicius Souza, ex-jogador do Flamengo, durante partida contra o Ji-Parana no estadio Arena Barueri pelo campeonato Copa São Paulo 2018.
Devido à incerteza, Vinicius admitiu que em algumas ocasiões considerou deixar o Flamengo, mas optou por permanecer devido ao treinador, que, mesmo não o escalando com frequência, enxergava nele um talento promissor.
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“Vinha proposta e ele: ‘O que pensa? Onde vai? Não, não. Vou te tornar o melhor volante do Brasil’. E me tirava, ia para lá… era assim… nada (de deixar eu sair). Ele já recusou. Eu ‘que isso?’. Passei um ano inteiro assim.”
Todo esse processo foi uma valiosa lição. Hoje, quase três anos após ter sido vendido pelo clube carioca para jogar no Lemmel, da Bélgica, o jogador reconhece e valoriza tudo o que Jorge Jesus fez por ele. Vinicius atribui ao seu antigo treinador todos os créditos pelo sucesso que tem alcançado em sua carreira.
“Foi como um pai. Se hoje eu cheguei à Europa e me adaptei, foi muito por ele. Me adaptei à Europa no Flamengo. Foi um paizão. Ficava bolado com ele, às vezes não, ele brigava comigo. Eu ficava bolado, ele falava que iria me botar, não botava… teve esse negócio mesmo. Geral sabe essas paradas. Foi um cara diferente que no meu início foi super importante.”