Convicção tática e construção sólida
O Pyramids FC chega ao confronto com o Flamengo, que acontece neste sábado (13), às 14h (de Brasília), pela Copa Intercontinental, não apenas como um participante, mas como um adversário que vem construindo sua reputação sob uma filosofia bem definida.

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Comandado pelo croata Krunoslav Jurčić, técnico experiente e pragmático, o clube egípcio montou um modelo de jogo que prioriza organização, disciplina e eficiência. Mas como a equipe egípicia se prepara? O Bolavip traz todos os detalhes abaixo.
Estratégia de Preparação tem discurso de ‘azarão’ e surpresa
A estratégia de preparação do Pyramids passa diretamente pelo discurso adotado por Krunoslav Jurčić, que tem repetido internamente que este é “o maior jogo da história do clube”.
O técnico croata trabalha a narrativa de azarão não apenas para motivar o elenco, mas também para tirar o peso da responsabilidade, deixando o favoritismo nas mãos do Flamengo, atual campeão da Libertadores e adversário de maior projeção internacional.
Dentro de campo, a equipe deve apresentar uma postura extremamente organizada. Jurčić prioriza um sistema compacto, com linhas baixas e forte disciplina defensiva, construído justamente para limitar a criatividade adversária. O treinador sabe que neutralizar jogadores como Arrascaeta é fundamental, e por isso a tendência é que o Pyramids concentre esforços em fechar espaços entre as linhas e reduzir o volume de jogo rubro-negro pelo centro.
A principal aposta ofensiva, no entanto, será a transição em velocidade. O Pyramids vem treinando exaustivamente o contra-ataque, ciente de que o Flamengo costuma adiantar suas linhas para pressionar.
A presença de atletas rápidos, entre eles o brasileiro Ewerton Silva, permite ao time explorar ataques verticais e bolas longas com potencial de gerar perigo imediato, especialmente quando o adversário perde a posse no campo ofensivo.

Pyramids FC v Auckland City FC – Foto: Imago
Armas ofensivas, velocidade, finalização e imprevisibilidade
No ataque, o Pyramids apresenta uma dinâmica que merece atenção especial do Flamengo. Fiston Mayele, artilheiro nato com faro de gol apurado, é a principal referência de finalização, tendo sido decisivo em campanhas recentes de grande importância.
A presença dele na área, combinada com a mobilidade de Ibrahim Adel e a criatividade técnica de Mostafa “Ziko”, torna o setor ofensivo multifacetado. O time não depende de um único sistema para atacar, pode infiltrar pelos lados, trocar passes rápidos no terço final ou buscar bolas longas que encontrem Mayele em velocidade, variações que confundem defesas despreparadas.
O setor de meio campo do Pyramids apresenta um equilíbrio interessante entre construção e destruição de jogadas. Ramadan Sobhi, com experiência internacional, equilibra força física e habilidade para conduzir jogadas em ritmo acelerado.
Paralelamente, Mostafa Fathi acrescenta desequilíbrio em situações de um contra um, explorando defesas que recuam demais, enquanto Mohannad Lasheen atua como um ponto de sustentação, protegendo a linha defensiva e contribuindo para a transição ordenada da equipe. Essa combinação de atletas permite ao Pyramids alternar entre posse direta e verticalidade com fluidez.
Sólida retaguarda e experiência defensiva
Na defesa, a experiência é um elemento chave. O goleiro Ahmed El Shenawy, presença constante na seleção egípcia, oferece segurança tanto em bolas aéreas quanto em reflexos, uma garantia para a equipe em momentos de pressão.
À sua frente, Mohamed Hamdy se destaca por regularidade e leitura de jogo, enquanto o lateral direito marroquino Mohamed Chibi dá consistência ao sistema defensivo, apoiando ora na recomposição, ora no apoio ofensivo.

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O que o Flamengo precisa observar?
Para neutralizar a proposta do Pyramids, o Flamengo terá que se concentrar em alguns pontos chave, fechar os espaços entre linhas para cortar transições rápidas, evitar perdas de bola em zonas perigosas e manter a atenção redobrada nos pontas e laterais rápidos do adversário.








