O Flamengo segue em busca de um time mais forte para o decorrer da temporada. Após perder as decisões da Supercopa do Brasil, para o Atlético-MG, e do Campeonato Carioca, para o Fluminense, a torcida passou a aumentar o tom de cobrança sobre o técnico Paulo Sousa, responsável por comandar o Rubro-Negro neste ano.
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No momento, o Rubro-Negro está na disputa de três competições simultâneas. Classificado para as oitavas de final da Copa do Brasil, o time carioca também garantiu a liderança no Grupo H da Copa Libertadores. No entanto, o início no Brasileirão é ruim: até aqui, o Fla está na 16ª posição, com 6 pontos após seis rodadas.
Desde a chegada do português, que estava na seleção polonesa, algumas alterações ficaram nítidas desde o primeiro momento. O time, que antes sempre jogou com dois zagueiros tendo a bola, passou a ter um terceiro jogador, com os dois laterais mais avançados. E as alterações afetaram atletas importantes no histórico recente do Clube.
Nos primeiros meses, jogadores como Bruno Henrique e Éverton Ribeiro passaram até mesmo a jogar nas laterais do campo, buscando ser boas opções pelo lado esquerdo. E outros nomes, como os dos jovens Matheuzinho e João Gomes, viraram protagonistas em muitos duelos do Rubro-Negro.
Além das alterações envolvendo jogadores já presentes no elenco, as caras novas mudaram o estilo de jogo, especialmente na defesa. Desde janeiro, chegaram três reforços: Fabrício Bruno, Pablo e Ayrton Lucas; apesar disso, os dois zagueiros, embora apresentem novidades e tenham atuado entre os titulares, alternam lesões, e um deles está contundido.
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A outra parte importante de destacar, entre alterações e contratações, é sobre quem fica como o dono da meta no Flamengo. Se, até 2020, Diego Alves era o titular absoluto, agora o ídolo caiu para a terceira opção. Mas a contratação de Santos, ex-Athletico-PR e campeão olímpico com o Brasil, ainda deixa dúvidas, já que Hugo Souza tem a confiança da comissão técnica.
O fato curioso envolvendo os três goleiros do Flamengo é que todos eles, em algum momento dos últimos anos, foram lembrados e convocados por Tite para a Seleção Brasileira: Diego Alves esteve entre as listas de 2017, e chegou a atuar; Hugo foi chamado logo após a Copa do Mundo de 2018, quando ainda integrava o sub-20 flamenguista; e Santos esteve em diferentes listas, mas sempre como terceira opção.
Foto: Gilvan de Souza/Flamengo – Goleiro Santos deixa dúvida maior sobre quem deve ser o titular na meta flamenguista; ele e Hugo Souza lutam pela vaga
Nos jogos, foi habitual ver o time jogando no 3-1-4-2 ou no 3-4-3, com a passagem de Filipe Luís para o papel de um zagueiro pela esquerda como mudança mais significativa. Agora, sem ele no time, lesionado, o time voltou a jogar com dois zagueiros na saída. Em outros momentos, sem jogadores para a posição no lado direito, Willian Arão também fez o papel na zaga – como já havia desempenhado sob o comando de Rogério Ceni.
Com as mudanças, três jogadores passaram a ganhar mais tempo de jogo, em relação ao ano passado: o goleiro Hugo Souza, o meio-campista João Gomes, o ala/atacante Lázaro; curiosamente, três jogadores formados na base do Flamengo.
Por outro lado, jogadores que vinham em maior sequência de partidas em 2021, como o meio-campista Andreas Pereira, o lateral-direito Mauricio Isla, e o centroavante Pedro, têm participado menos neste ano. Na defesa, Léo Pereira foi outro a perder ainda mais espaço, sobretudo após as chegadas dos novos zagueiros e a efetivação de Filipe Luís no trio defensivo.
Trabalho em números
Estatisticamente, o Flamengo com Paulo Sousa tem diferenças defensivas para os trabalhos de 2021: com 24 gols sofridos em 27 partidas, o time atual tem média de 0,88 gol sofrido por partida; com Renato Gaúcho, foram 33 gols sofridos em 39 duelos (0,85 por jogo), enquanto com Rogério Ceni foram 57 gols sofridos em 54 jogos (1,06 por jogo). Há de se destacar, também, que Paulo Sousa pegou mais partidas no Campeonato Carioca, com nível de exigência um pouco menor.
Na produção ofensiva, o Flamengo caiu o rendimento em relação à passagem do antecessor. Com Renato Gaúcho, o time marcou 90 gols em 39 partidas (2,31 por jogo); com Ceni, foram 101 gols marcados em 54 jogos (1,87 por jogo). Sob o comando de Paulo Sousa, até o momento, foram 53 gols marcados em 27 duelos (1,96 por jogo).
Destaques individuais
Desde o início do ano, quem mais atuou pelo Flamengo foi o meio-campista João Gomes, que fez 27 partidas. O artilheiro do time, bem como em anos anteriores, é Gabigol, que já marcou 15 vezes na atual temporada; e o líder de assistências é Arrascaeta, com nove passes para gol.
Por tempo de jogo, a escalação dos mais utilizados na “Era Paulo Sousa” conta com: Hugo Souza; Matheuzinho, David Luiz, Léo Pereira e Filipe Luís; Willian Arão e João Gomes; Éverton Ribeiro, Arrascaeta e Bruno Henrique; Gabigol.