O torcedor do Flamengo guarda com muito carinho a campanha do título da Copa do Brasil de 2013. Aquele foi o primeiro troféu do mandato de Eduardo Bandeira de Mello, presidente que assumiu o Clube naquele ano. Responsável pela reestruturação financeira, que anos depois viabilizaria compras de atletas como Arrascaeta e Gabigol, o dirigente encontrou dificuldades para vencer campeonatos em sua passagem.
- Flamengo se despede de Gabigol após R$ 100 milhões gastos
- Landim ajudou na suspensão de Gabigol e situação vaza
Enquanto tentava equalizar dívidas e mudar a responsabilidade de gastos, vencer em campo não era tarefa fácil. Até por issoque o troféu nacional conquistado contra o Athletico Paranaense ajudou Bandeira a ter apoio nos primeiros anos. Com a bola rolando, o time ganhou heróis improváveis. Enquanto que jogadores badalados como Carlos Eduardo, com passagem na Europa, não deram certo na equipe, os até então desconhecidos Hernane Brocador e Paulinho marcaram seus nomes na história do Rubro-Negro.
Confira agora por onde andam os autores do título da Copa do Brasil de 2013:
Felipe
Começando pelo gol, Felipe fez parte da renovação no elenco bem antes daquele ano. Contratado em 2011, o arqueiro veio para tentar ocupar a posição que sofria uma ausência de peso desde 2010. Identificado com o Corinthians, Felipe virou polêmica no ano do Hexa flamenguista ao não pular para defender um pênalti cobrado por Léo Moura. Na Gávea, o jogador ficou até 2015, quando foi comprado pelo Figueirense. O atleta ainda jogaria no Bragantino, Boavista, Uberlândia, Botafogo-PB e por último Paraná, onde atuou na última temporada.
Agif/Fabio Castro – Felipe supriu a ausência no gol do Flamengo
Léo Moura
O lateral-direito era a figura mais conhecida daquele elenco, remanescente do título da Copa do Brasil de 2006. Leonardo Moura acumula medalhas vestindo o Manto Sagrado e também viria a deixa o Clube dois anos depois da conquista contra o Furacão. Na época, foi jogar no futebol dos EUA, onde ficou por pouco tempo e se transferiu ao Grêmio em seguida. Atualmente praticante do Fut7, o ídolo do Rubro-Negro chegou a se envolver em polêmicas com a torcida ao fazer zoações na internet.
Agif/Pedro Martins – Léo Moura se envolveu em polêmicas com o Flamengo
Você considera o Léo Moura como ídolo do Flamengo mesmo após as polêmicas?
Você considera o Léo Moura como ídolo do Flamengo mesmo após as polêmicas?
0 PESSOAS JÁ VOTARAM
Wallace
Um dos mais criticados na época, Wallace ficou marcado quando fez dupla defensiva ao lado de Welinton. O parceiro de zaga, que era mais novo, foi emprestado para o exterior e Wallace permaneceu. O atleta foi ao Grêmio em 2016, com passagens posteriormente por Gaziantepspor e Goztepe, da Turquia, e Vitória, da Bahia. Na atual temporada o profissional defende o Brusque, na Série B.
Agif/Cristiano Andujar – Wallace ainda joga no Brusque
Samir
O zagueiro, que na época tinha 19 anos, era tratado como uma grande promessa da Gávea. Nãopor acaso que logo conquistou a titularidade e se firmou na equipe principal. Campeão com o Flamengo, Samir deixou o Rubro-Negro em 2016 para defender a Udinese. Atualmente no Tigres, do México, o defensor ainda jogou por Hellas Verona, da Itália, Watford, da Inglaterra, além da Seleção Brasileira.
Agif/Pedro Martins – Samir era tratado como promessa no Flamengo
André Santos
O lateral-esquerdo André Santos é um dos que vão ficar divididos nesta quarta-feira (12). Assim como Walace e outros dessa lista, o jogador teve passagens pelo Corinthians, onde chegou a ganhar a Copa do Brasil de 2009. Antes mesmo de chegar ao Mais Querido em 2013, já tinha passado por Fenerbaçe, Grêmio e Arsenal. Depois, ainda atuou por Botafogo-SP, FC Will, da Suíça, e pelo turco Boluspor, encerrando a carreira no Figueirense. Em 2022 André Santos participou do reality show A Fazenda.
Agif/Wagner Meier – André Santos foi campeão por Flamengo e Corinthians
Amaral
Esse é mais um caso de jogador que teve o auge da carreira na temporada de 2013. O volante Amaral foi contratado em 2012 junto ao Nova Iguaçu e teve mais oportunidades como titular apenas um ano depois. Autor de um golaço no jogo de ida da final da Copa do Brasil, a torcida o chamava de “Pitbull” por causa da voracidade em campo. O jogador defende atualmente o CSE, de Alagoas, e teve passagens por Vitória, Boa Esporte, CSA e Moto Club.
Agif/Pedro Martins – Amaral marcou um golaço na final de 2013
Elias
Reforço de peso em 2013, Elias é aquele tipo de craque que nem torcendo contra consegue contrariar a Nação. Com grande identificação com o Corinthians, o ex-meia já falou que vai torcer para o Alvinegro na final deste ano. Porém, a torcida do Flamengo reconhece mesmo assim a contribuição do jogador na campanha do último título, quando ele marcou gols na semifinal e na final. O antigo camisa 8 atuou por time como Atlético de Madrid, Sporting de Portugal, Atlético-MG e Bahia, onde se aposentou em 2020. Hoje trabalha como scout dos clubes que Ronaldo Fenômeno administra.
Agif/Wagner Meier – Elias vai torcer para o Corinthians nesta final
Luiz Antônio
O meio-campista foi outro que sofreu com as críticas da imensa torcida flamenguista. Pelo potencial que tinha na época, Luiz Antônio era cobrado por atuações mais constantes, como a que foi vista na final contra o Athletico-PR. Vencedor do prêmio de melhor jogador da decisão, ele quase marcou um golaço e falta, explodindo o travessão defendido na época por Weverton. Com processos contra o Rubro-Negro, o volante passou por Sport, Bahia, Chapecoense, times da Arábia e, agora, está no Brusque.
Agif/Wagner Meier – Luiz Antônio acabou não rendendo o que podia no Flamengo
Carlos Eduardo
Carlos Eduardo representa de longe a maior frustração da torcida naquele elenco. O jogador chegou com passagens pelo futebol europeu e até foi convocado para a Seleção Brasileira. Essas credenciais lhe garantiram a emblemática camisa 10 do Flamengo, o que depois virou motivo para mais cobrança. Tirando o gol decisivo para a classificação nas oitavas, contra o Cruzeiro, é difícil encontrar bons momentos do meia na Gávea. Agora, sem clube, ele vestiu as camisas de Atlético-MG, Vitória, Paraná, Coritiba, Juventude e Brasiliense.
Agif/Pedro Martins – Carlos Eduardo não rendeu saudades no Flamengo
Paulinho
Herói improvável na Copa do Brasil de 2013, o “762” da Nação se destacava pela velocidade e letalidade no ataque. Paulinho chegou por empréstimo junto ao XV de Piracicaba naquela época e nunca mais voltou ao antigo clube. Apesar de manter vínculo com o Flamengo até 2017, o jogador começou a ser emprestado desde 2016. Teve passagens por Santos, Vitória, Guarani, Náutico, Anápolis, Rio Branco-ES, Desportiva-ES, e voltou ao Rio de Janeiro para jogar no Americano de Campos em setembro de 2022.
Agif/Pedro Martins – Paulinho era referência de velocidade
Hernane
O grande ídolo e artilheiro daquela conquista veio da cidade de Bom Jesus da Lapa, interior da Bahia. Hernane iniciou sua relação com o Flamengo também sob empréstimo, do Mogi Mirim. Importante reserva na campanha da permanência em 2012, o atacante foi contratado em definitivo um ano depois para marcar seu nome na história. Com 36 gols em 2013, o centroavante foi o artilheiro do Brasil na temporada e acabou sendo vendido ao futebol árabe por R$ 21,5 milhões. Depois, o camisa 9 passou por Sport, Bahia, Grêmio e atualmente Brasiliense.
Banco de Reservas
Enquanto o time titular daquela campanha segue badalo nos gramados do Brasil afora, o banco de reservas não fica feio na história. O técnico Jayme de Almeida seguiu prestando serviços ao Clube até 2018. O meia Gabriel Jamal, que entrava com frequência na equipe, teve passagem pelo futebol japonês e está no CSA. A promessa Adryan teve vários retornos ao Flamengo e hoje está no Sion, da Suíça. Marcelo Moreno segue no Cerro Porteño, com 35 anos. Já o zagueiro Chicão, pendurou as chuteiras na Índia, em 2015.
Agif/Fabio Castro – Jayme de Almeida virou o xodó da torcida