Muitas coisas definem um bom jogador. Treino, técnica, força física, postura dentro e fora de campo. Mas, para Gabriel Barbosa, o Gabigol (ou só Gabi?), parece que há mais do que o trabalho no dia a dia para definir a pontaria e o faro de artilheiro que encantou a torcida flamenguista nos últimos anos. De acordo com a própria Nação, o grande problema do camisa 9 está na cabeça.
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Falta de concentração ou abalo psicológico? Muito pelo contrário. Para os rubro-negros apaixonados, que não sabem mais como explicar a recente falta de eficiência do artilheiro para converter chances em gols, a explicação é mais, digamos que, mística, e se dá pelas madeixas do atacante.
Exatamente. Desde a bola mandada no travessão e outras várias perdas de gols vindas dos pés de Gabriel, na partida contra o Athletico-PR, pelo jogo de ida das quartas de final da Copa do Brasil,a torcida pede para que o ídolo flamenguista corte o cabelo. Isso porque, de acordo com a arquibancada, o centroavante tinha um desempenho muito melhor quando ostentava o cabelo raspado e platinado.
Ainda na partida da última quarta-feira (27), o próprio Gabriel se mostrou impaciente com a falta de sorte nos lances que poderiam ter dado ao Flamengo a vantagem para a disputa na Arena da Baixada, na próxima semana. E, para a web flamenguista, o momento passou de azar, má fase ou questões técnicas. Desde o empate com o Furacão, a torcida clama para que o antigo estilo do artilheiro volte, na esperança que aguce o faro de gol do atleta.
Vamos aos dados do nosso Sansão às avessas. Em 2019, quando chegou ao Flamengo e logo depois aderiu ao estilo ‘na régua’ platinado, Gabigol fez a melhor temporada da carreira: foram 43 gols e 12 assistências, além das conquistas do Campeonato Carioca, Brasileiro,Copa Libertadores, Recopa Sul-Americanae Supercopa do Brasil.
De acordo com um levantamento publicado pelo portal Torcedores em 2021, de 122 partidas (até então) disputadas pelo atacante com a camisa do Flamengo, em 94 delas, Gabriel estava com o cabelo curto e platinado. Dos 90 gols anotados pelo artilheiro, 70 foram marcados com as madeixas nessas condições.
E parece que o modo garçom do centroavante também é ativado pela cabeleira – ou a falta dela. Das 27 assistências distribuídas até então, 21 foram com o platinado no couro cabeludo. No entanto, já no segundo semestre de 2021, Gabigol começou a adotar madeixas mais longas – junto com a eliminação do Flamengo na Copa do Brasil e derrota na final da Libertadores de 2021.
Em 2022, com o cabelo maior, Gabigol soma 20 gols e três assistências até o momento. No meio do caminho, alguns pênaltis e gols perdidos, que poderiam ter feitodiferença ao Mengão nas oportunidades – incluindo na partida contra o Athletico, algoz do Rubro-Negro na Copa do Brasil. Sendo assim, parece que a Nação vai seguir pedindo o retorno do ‘cabelinho na régua’ do ídolo flamenguista. A Gabriel Barbosa, resta encontrar o motivo para a falta de pontaria e corrigí-lo em campo. Ou no barbeiro.