Que Galvão Bueno é um patrimônio histórico da narração e do jornalismo, isso ninguém contesta. Dono de uma voz única, participando de grandes momentos envolvendo o esporte, o locutor há naos vem marcando gerações com seus bordões. Com diversas Copas, Formula 1 e entre outros, o comunicador iniciou sua carreira em 1974, na Rádio Gazeta, de São Paulo, cobrindo sua primeira Copa da carreira. Após isso, em 1977, teve uma rápida passagem pela Record; no mesmo ano ingressou na Bandeirantes, onde foi comentarista da Copa do Mundo de 78. Em 1980, narrou sua primeira corrida de Fórmula 1.
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Em 1981, ele ingressou ao quadro de funcionários da TV Globo, sua primeira narração foi um jogo da Copa Libertadores, entre Flamengo e Jorge Wilstermann. Em 1982, narrou alguns jogos da Copa do Mundo, mas o ‘dono’ da voz na emissora, era o saudoso Luciano do Valle. Após o mundial, Do Valle se transferiu para a Record, então o posto passou a ser de Galvão, que narrou o Grande Prêmio da África do Sul de 1982, sendo o seu primeiro GP pela emissora.
De lá para cá, são 41 anos de casa na Globo e 48 anos de carreira. No final deste ano, será a última Copa narrada por Galvão, ele irá deixar a TV Globo para se dedicar a um novo projeto, o “PodFalar, Galvão”, em um dos trechos da prévia de divulgação do material, ele contou quais foram suas três narrações mais marcantes de toda a carreira.
A primeira citada por Galvão, foi a narração do primeiro título do saudoso e eterno ídolo dos brasileiros, o piloto de Fórmula 1, Ayrton Senna. O ocorrido foi em 1998, em Suzuka no Japão. O comunicador lembrou da emoção do piloto ainda no carro, ele que estava na 16ª posição e buscou a corrida para vencer Alain Post.
Vale relembrar, que da mesma forma que Galvão narrou o primeiro prêmio de Senna, ele também estava presente no trágico GP de San Marino, em Ímola, na Itália. EM sua terceira melhor volta da corrida, o piloto entrou na curva Tamburello e perdeu o controle do seu carro, chocando-se violentamente contra o muro de concreto.
Por um dado momento, Senna chegou a balançar a cabeça, algo que foi dito por Galvão durante a transmissão, o que tranquilizou a todos naquele 1 de maio de 1994, mas, na verdade ele havia tido um grande dano cerebral que ‘impulsionou’ esse movimento. Poucas horas depois, o piloto foi declarado morto, comovendo o Brasil e o mundo inteiro.
A segunda narração citada pelo comunicador, foi a lendária narração da final da Copa do Mundo de 1994, nos Estados Unidos. Na ocasião, o Brasil bateu a Itália nas penalidades máximas. Após Roberto Baggio isolar a última penalidade para os franceses, o grito de “É Tetra!” de Galvão ficou marcado e segue sendo ovacionado até hoje, 28 anos após a conquista.
A terceira narração de Galvão, foi o final do revezamento 4×100 m masculino, em Sidney, nos Jogos Olímpicos de 200. Na ocasião, Vicente Lenilson, Edson Luciano Ribeiro, André Domingues e Claudinei Quirino conquistaram a medalha de prata para o Brasil, sendo um feito histórico para o esporte nacional.