Um relatório divulgado pela Reuters Institute afirma que as pessoas estão confiando menos em notícias publicadas em redes sociais, pois elas percebem que as informações das plataformas são “divisíveis, não confiáveis e até perigosas”.

Usuários confiam menos em notícias passadas pelas redes sociais
© Getty ImagesUsuários confiam menos em notícias passadas pelas redes sociais

O estudo foi feito em parceria com o instituto YouGov, e entrevistou 132 pessoas de 4 países: Brasil, Estados Unidos, Índia e Reino Unido. Como a amostragem de pessoas é pequena, ela não reflete estatisticamente a realidade, porém mostra um panorama sobre como a audiência vê o trabalho da imprensa.

O relatório afirma que muitas pessoas consideram o grande número de notícias online algo “desafiador ou opressor”: “Muitos valorizam a conveniência de obter notícias por meio de mídias sociais, mecanismos de pesquisa ou aplicativos de mensagens, mas encontrar notícias geralmente era uma preocupação secundária”.

Um fenômeno que também influencia muito a opinião pública é a polarização. O relatório diz que: “As figuras polarizadas da mídia geralmente se destacam”. O trabalho de jornalistas opinativos com viés explícito é bastante notado pela audiência.

Os entrevistados afirmaram que preferem consumir notícias imparciais, citando jornalistas dos quais discordavam por não serem desta maneira. Outros pontos positivos são objetividade e equilíbrio.

Os entrevistados brasileiros demonstraram confiança nos grupos Globo e Folha, e citaram a tradição deles entre um dos motivos. “Hoje em dia não assisto mais ao noticiário da TV. Parei de fazer isso durante a pandemia. Eu prefiro a verdade. Temos observado muitas informações falsas circulando. Por exemplo, tenho um amigo em Brasília que nos conta o que vê. Nesse grupo, cada um mora em uma parte do Brasil, então contamos aos outros o que vemos, não o que vemos na TV” disse uma brasileira de 49 anos.