Mauricio de Sousa é entrevistado por Daniela Albuquerque, no Sensacional (RedeTV!), nesta quinta-feira (27). O empresário, cartunista e criador da Turma da Mônica relembrou como começou em sua carreira vitoriosa: as histórias em quadrinhos de Mauricio de Sousa ganharam admiradores em 40 países e foram traduzidas para mais de dez idiomas, levando para a infância de milhões de leitores a Mônica, a Magali, o Cebolinha, o Cascão e tantos outros personagens criados pelo artista.

Mauricio de Sousa entrevistado por Daniela Albuquerque
© Reprodução / RedeTV!Mauricio de Sousa entrevistado por Daniela Albuquerque

“Eu poderia pensar que estou no meio de uma gigantesca sala de aula com crianças de todo o jeito, tipo, raça e de todas as maneiras de se representarem e de acompanharem o que nós estamos trabalhando nestes mais de 50 anos”, pondera o cartunista sobre o sucesso com o público, que muitas vezes aprendeu e ainda aprende a ler com suas obras.

Turma da Mônica, criação de Mauricio de Sousa, ganhou versão live-action - Foto: Globoplay

Turma da Mônica, criação de Mauricio de Sousa, ganhou versão live-action - Foto: Globoplay

Aos 87 anos, comemorados nesta quinta-feira, Mauricio de Sousa conta que sempre sonhou em trabalhar com desenhos e, aos 18 anos, tentou ingressar pela primeira vez na profissão que o consagrou. "Treinei bastante e fiz um bloco com desenhos para oferecer em um local que pudesse me contratar. Fui até um jornal e lá tinha um diretor de artes muito famoso, um dos mais conhecidos do país. Resolvi mostrar para ele os desenhos e sugerir que me contratasse." 

"Ele pegou o meu bloco, olhou bem e falou: ‘Sabe o que é, menino? Desenho não dá futuro para ninguém, não dá dinheiro. Sugiro a você que faça qualquer outra coisa da vida’", compartilha o cartunista. "Devo ter ficado com uma expressão tão diferente, que eu ia passando pela redação e um jornalista me chamou: 'Menino, vem aqui. O que houve com você?'", recorda, comentando ainda que o repórter o aconselhou a aceitar um trabalho fora da área desejada para criar uma rede de networking até chegar ao cargo almejado.

Com a negativa à vaga de cartunista, Mauricio passou a integrar a equipe de copydesk do jornal. “Aconteceu exatamente o que ele falou. Comecei a fazer amizade e depois que passei pelo trabalho de revisão de texto, surgiu uma vaga como repórter policial, falei: ‘Nunca pensei nisso, mas repórter policial é a mesma coisa que um aventureiro, vai ter história igual aos detetives americanos dos quadrinhos’”, afirma ele. Na época, encarou o desafio. "Detalhe, avisei o pessoal que eu tinha um pequeno problema: não posso ver sangue que desmaio", pondera Mauricio, que na sequência pediu demissão para ser desenhista de história em quadrinhos no mesmo veículo. “Eles aceitaram”.