13° eliminado do BBB 23 e pela terceira vez, Fred Nicácio deu uma entrevista para o Gshow e falou sobre sua missão nas questões raciais no programa, o carinho que recebeu do público e o caso de intolerância religiosa sofrido no reality. Após ser escolhido para voltar a integrar o elenco através da Casa do Reencontro e com a votação do público, Fred falou muito sobre questões raciais na casa. 

Foto 1: Reprodução/Gshow - Foto 2: Reprodução/Rede Globo
Foto 1: Reprodução/Gshow - Foto 2: Reprodução/Rede Globo

Na entrevista ele disse: "Era uma missão geracional. Não fui um bom jogador, porque se eu quisesse poderia ter feito muitas outras coisas para me manter na casa, mas isso me afastaria da minha missão principal. Eu sei que [essa fala] gera incômodo, mas meu existir gera incômodo! Então eu acho que vencer é você ter uma história da qual você se orgulhe, de não ferir o seu o seu caráter, os seus escrúpulos, a sua ética e moral".

Reprodução/Rede Globo

Reprodução/Rede Globo

Ele continuou dizendo sobre sua participação na casa: "Se Oxum me colocou ali novamente é porque o rio anda para frente, eu não tenho o direito de fazer um rio voltar para atrás e fazer o fluxo do rio voltar." Nicácio ainda falou sobre o carinho que recebe do público e de seus fãs após ser eliminado: "É uma explosão de afeto, mas estou aprendendo a lidar. O BBB é um recorte muito fidedigno do que é a sociedade brasileira, mas o calor aqui fora foi muito diferente do que apareceu na votação e isso me alegra muito."

O médico também falou sobre o episódio onde Key Alves, Gustavo e Cristian foram supostamente acusados de intolerância religiosa, após ver Fred Nicácio parado em pé no quarto da casa: "Foi terrível, mas, não sem dor, sem traumas, não sem novos gatilhos, eu sei lidar isso. E é interessante que isso aconteça no BBB para que todo mundo veja que isso não tem nada de velado, que são pessoas como essa não contratam e não dão oportunidades a pessoas pretas. Eu cresci aprendendo que para o preto ser considerado igual [ao branco], ele tem que ser três vezes melhor, no mínimo. Então para eu ser o médico eu tenho que ter feito três vezes melhor do que o médico branco para poder conquistar o mesmo lugar que essa pessoa.", finalizou ele.