Um estudo feito por cientistas da University of Utah, nos Estados Unidos, revelou as primeiras evidências sobre o que acontece com a retina dosnossos olhos após a morte. A pesquisa foi publicada recentemente na revista Nature e surpreendeu com a possibilidade ainda de recuperar visão de pacientes vivos.

Imagem: Reprodução/Pixabay
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Para chegar a uma conclusão, os cientistas precisaram medir a atividade em células da retina humana e de um camundongo. Após entenderem como essas células reagem à falta de oxigênio, o artigo descreve que, quando estimuladas pela luz, as retinas ‘mortas’ emitem sinais elétricos específicos, conhecidos como ondas b. “Em olhos obtidos até cinco horas após a morte, essas células responderam à luz brilhante, luzes coloridas e até mesmo flashes de luz muito fracos”, explicou Fatima Abbas, principal autora do estudo.

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Essas ondas, comentas pelos pesquisadores, estão presentes em retinas vivas, no qual indica comunicação entre as camadas de células que nos permitem enxergar. No entanto, segundo o estudo, foi a primeira vez que olhos falecidos responderam à luz dessa maneira, o que acabou intrigando os cientistas a respeito da natureza irreversível da morte no sistema nervoso central.

Com isso, o estudo revelou esperanças para que essa restauração da onda b possa recuperar a visão de pessoas vivas.“Esse estudo levanta a questão de saber se a morte cerebral, como é definida atualmente, é realmente irreversível”, Ou seja, a pesquisa aponta que se fotorreceptores (receptores sensoriais responsáveis pela visão) puderem ser revividos, há esperança para futuros transplantes que podem ajudar a restaurar a visão de quem precisa.