O dia 31 de janeiro de 1962 entrou para história após três meninas de um internato em Tanganica, uma vila tanzaniana de Kashasha, começarem a rir histericamente durante seu intervalo escolar, dando início ao que ficou conhecido como "epidemia do riso". A situação saiu de controle quando 95 das 159 alunas, entre 12 e 18 anos, também começaram a gargalhar sem parar.

Foto: Pixabay.
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Em um ato de desespero, a escola decidiu por fechar suas portas. No dia 21 de maio o internato reabriu as portas, mas precisou fechá-las novamente um mês depois, quando novas 57 meninas começaram a rir sem parar. Ao todo, 14 escolas foram fechadas e mais de 1000 pessoas foram contaminadas na "epidemia do riso".

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Os surtos de risadas podiam durar horas ou, em alguns casos, semanas. Segundo informações do portal "Folha", a praga afetava as adolescentes, depois suas mães e mulheres da família. Pais, policiais e professores não foram contaminados no processo. Ainda conforme informações do portal, a epidemia foi extinta apenas dois anos e meio depois, em junho de 1964.

Muitos especialistas se perguntavam o que havia acontecido em 1962 para gerar toda a situação. Foi concluído que a epidemia havia sido causada por uma doença psicogênica em massa, conhecida como "histeria coletiva". Alguns especialistas afirmaram que o riso foi causado por estresse e angústia, podendo ser estimulado pela raiva ou tristeza, sobrecarregando o sistema nervoso.

"Classificar a epidemia de riso em Tanganika como exotismo de uma cultura alienígena é desconsiderar as implicações mais amplas do fenômeno.", afirma Robert Provine, autor de "Laughter: A scientific investigation". "Todos nós já não experimentamos uma forma menor de epidemia do riso?", conclui ele.