Cientistas confirmaram a existência de uma tartaruga-gigante, espécie que acreditavam estar em extinção há 116 anos. Na ilha Fernandina, em Galápagos, foi descoberta uma fêmea, que recebeu o nome de Fernanda, em homenagem à ilha em queum exemplar da espécie foi achadopela última vez.

Reprodução/Instagram oficial do Galapgaosconservancy – Fernanda.
Reprodução/Instagram oficial do Galapgaosconservancy – Fernanda.

Fernanda foi achada pela primeira vez em 2019, mas só agora os especialistas conseguiram confirmar que se tratava de uma tartaruga-gigante outartaruga-gigante-fantástica (Chelonoidis phantasticus). Os cientistas sequenciaram o DNA da Fernanda eo de uma tartaruga que estava em um museu, sendo possívelfazer uma comparação com outras 13 tartarugas-gigantes.

Foto: Pixabay – Tartaruga-gigante.

Foto: Pixabay – Tartaruga-gigante.

Os especialistas descobriram que as duas tartarugas são da mesma espécie e geneticamente diferentes de todas as outras.“Por muitos anos pensou-se que o espécime original coletado em 1906 havia sido transplantado para a ilha, pois era o único de seu tipo. Agora parece ser um dos poucos que estava vivo há um século”, diz Peter Grant, o professorda Universidade de Princeton, ao jornal britânico The Mirror. Ele estuda a evolução das espécies nas Ilhas Galápagos há mais de 40 anos.

Quando Fernanda foi descoberta, muitos ecologistas duvidaram que ela fosse mesmo da espécie de tartaruga nativa da ilha, já que não possui um casco em um formato que lembra uma sela. Os cientistas estimam que a tartaruga tenha muito mais do que50 anos e explicam que o fato de ser miúda pode ser devido à escassez de vegetação durante seu crescimento.

As tartarugas não podem nadar de uma ilhar para outra, mas podem ser transportadasde uma ilha de Galápagos para outra durante furacões ou outras grandes tempestades. Registros históricos também mostram que marinheiros levavam tartarugas de uma ilha para outra.“A descoberta de um espécime vivo dá esperança e também abre novas questões, pois muitos mistérios ainda permanecem”, diz a professora Adalgisa Caccone, da Universidade de Yale, nos EUA, autora sênior do estudo.