Pela primeira vez na história cientistas conseguiram criar filhotes de camundongos utilizando apenas um óvulo não-fertilizado. Esse método, que utiliza apenas o DNA da mãe para gerar o nascimento dos filhotes, é chamado  partenogênese. Esse processo é importante porque gera variabilidade genética, possibilitando maior resistência para algumas doenças.

Foto: Pixabay - Um roedor.
Foto: Pixabay - Um roedor.

Na natureza, peixes, répteis, aracnídeos, insetos, todos esses bichos podem nascer exclusivamente de um ovo não fecundado. Porém, nos mamíferos, é necessário haver a fecundação para gerar a vida, ou seja, combinação entre o material genético masculino e feminino.

Foto: Pixabay - Exemplo de um roedor.

Foto: Pixabay - Exemplo de um roedor.

"Pesquisas anteriores haviam descoberto que apesar da maioria das células expressarem ambas cópias de DNA, em mamíferos, algumas não. Nessas apenas o material genético do pai ou da mãe eram transcritos em características reais.", explicou o site "Tecmundo". Ainda conforme o site, esse foi um dos principais "motivadores" para os cientistas realizarem a partenogênese em camundongos.

Entretanto, um impedimento era o imprinting genômico (os alelos dos pais ativam e desativam a expressão de genes específicos, alguns deles fundamentais para a formação da nova vida.). Para contornar o problema, foi usado o  CRISPR para modificar o DNA dos óvulos, ativando os pontos específicos para gerar a vida.

Todos os filhotes sobreviveram ao parto, mas apenas um deles chegou à idade adulta, podendo até se reproduzir e gerar descendentes. O estudo mostra que, com refinação desse método, é possível desenvolver uma técnica para auxiliar na agricultura ou o desenvolvimento de fármacos.