O Cruzeiro terá um novo comandante em 2026. Na tarde desta terça (16), a Raposa anunciou a contratação de Tite, que assina vínculo de uma temporada. Aos 64 anos, ele chega para a sua primeira temporada no time celeste. E a mudança acontece após saída de Leonardo Jardim, no início da semana.

- Com Tite, Gabigol jogou 134% menos do que com Jardim
- Cruzeiro demonstra, pela 1ª vez, interesse em continuar com Fagner
Mesmo tendo contrato até o fim de 2026, o português resolveu sair alegando “questões pessoais”. Ainda que a diretoria celeste tenha buscado um acordo e uma mudança de ideia de Jardim, o mesmo seguiu irredutível. Sem tempo a perder, o Cabuloso foi ao mercado e trouxe um técnico de nome.
Mas a grande questão é: Tite vai fazer o Cruzeiro evoluir? Nesta temporada, o Cruzeiro teve momentos de brilho e de muita intensidade, ficando em terceiro no Brasileirão Betano e chegando até as semis da Copa Betano do Brasil. Agora, o ex-técnico da Seleção terá alguns desafios em 2026.
Tite vai melhorar o nível do Cruzeiro de Jardim?
Em setembro do ano passado, Tite foi demitido do Flamengo e resolveu dar uma pausa na carreira para cuidar de questões de saúde mental. No time carioca, Adenor teve momentos de brilho, como apresentações na Copa Betano do Brasil que, curiosamente, chegou até as semis. Posteriormente, Filipe Luís assumiu.
Em números, Tite comandou o Rubro-Negro em 70 partidas entre 2023 e 2024, tendo 41 vitórias, 13 empates e 16 derrotas. Com 64,8% de aproveitamento, ele levantou apenas o título do Campeonato Carioca de 2024. Ainda assim, o ex-comandante da Seleção saiu com uma imagem negativa, principalmente pela campanha aquém no Brasileirão Betano e eliminação nas quartas da Libertadores.

Leonardo Jardim sai alegando “questões pessoais”. Foto: Gilson Lobo/AGIF
Por lá, Tite nunca foi unanimidade do torcedor, que não “engolia” o equilíbrio defensivo, que trouxe uma marca de 50% de jogos sem sofrer gols. Para se ter ideia, Leonardo Jardim teve uma eficiência defensiva parecida, mas tendo 14,6% de aproveitamento inferior ao trabalho de Adenor no Flamengo.
Números de Tite são melhores, mas a mudança é grande
Em relação à posse de bola, Tite priorizou um controle maior, com 55,3% x 50,2% do português. Por outro lado, Jardim adotou uma filosofia de um jogo mais vertical e agressivo, com uma média de grandes chances criadas por partida superior em 9,6% em relação ao recém anunciado treinador do Cruzeiro.

Veja também
Cruzeiro inicia barca de saídas após chegada de Tite e define três dispensas para 2026
Analisando os números, o Cruzeiro de 2026 tende a ter um time menos exposto e mais equilibrado. Porém, a agressividade dos pontas e os contra-ataques frenéticos podem sair para a chegada de uma forma “morna” de jogar, com maior posse e menos intensidade ofensiva.








