Com direito a drama no fim, brilho de estrangeiro e redenção de veterano, o Cruzeiro garantiu sua vaga nas quartas de final da Copa Betano do Brasil com uma vitória por 2 a 0 sobre o CRB, no estádio Rei Pelé, na noite da última quinta-feira (7).
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A partida foi marcada por momentos distintos, e os destaques – ou a falta deles – ficaram evidentes nas notas atribuídas pelo portal ge, que ajudam a contar como o time mineiro construiu seu triunfo.
Cássio, o gigante
O grande nome da noite foi Cássio, que, mesmo pouco acionado, foi decisivo quando mais importava. Aos 40 minutos do segundo tempo, com o placar ainda magro em 1 a 0, o CRB teve um pênalti para empatar.
Mas ali estava o gigante de sempre, que voou para defender a cobrança e manter a vantagem celeste. Foi a defesa que selou a classificação e justificou a nota 9,0 atribuída pelo ge – quase tão alta quanto a do público, que lhe deu 9,4. Não é exagero dizer que, mesmo sem ser o mais exigido durante os 90 minutos, Cássio foi o herói silencioso do confronto.
AL – MACEIO – 07/08/2025 – COPA DO BRASIL 2025, CRB X CRUZEIRO – Cassio goleiro do Cruzeiro durante a partida entre CRB e Cruzeiro no Estadio Rei Pele em Maceio, pela Copa do Brasil 2025. Foto: Marlon Costa/AGIF
Mas o roteiro da vitória começou a ser escrito bem antes, com o zagueiro Villalba assumindo o papel de protagonista. Seguro na defesa, o argentino também apareceu como elemento surpresa no ataque e marcou o primeiro gol da partida, ainda no primeiro tempo.
A atuação sólida – tanto com a bola nos pés quanto no posicionamento – lhe rendeu nota 7,5 da equipe do ge e impressionantes 9,1 dos torcedores. Em uma noite de mata-mata, ele foi zagueiro e atacante na medida certa.
No setor defensivo, outro nome que merece menção é Kaiki Bruno, lateral que mais uma vez demonstrou regularidade. Marcou com eficiência e ainda apareceu como opção no apoio, inclusive dando bom passe para finalização de Matheus Pereira.
Foi premiado com nota 7,0, mesma pontuação recebida por Matheus, que teve uma jornada de crescimento: começou errando, mas assumiu o comando das ações ofensivas no segundo tempo. Criou jogadas, deu assistência para o gol de Villalba e ainda acertou a trave em contra-ataque.
Kaio Jorge e os gols que não se perdem
Se alguns brilharam, outros deixaram a desejar. Kaio Jorge, por exemplo, teve uma noite pouco inspirada. Pouco acionado, desperdiçou duas chances claras no segundo tempo – uma delas inacreditável, dentro da pequena área, com o gol escancarado. O camisa 9, que costuma ser letal, acabou punido com nota 5,0, em atuação que contrasta com o que se espera dele em jogos grandes.
Do banco veio o golpe final: nos acréscimos, Eduardo, que havia acabado de entrar, aproveitou uma bobeada da defesa adversária, roubou a bola e anotou o segundo gol, sacramentando a vitória e evitando qualquer drama nos pênaltis. Um lampejo certeiro que garantiu nota 7,0 e reconhecimento da torcida.
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O restante da equipe oscilou. Lucas Romero e Lucas Silva começaram apagados, mas cresceram no segundo tempo, especialmente na marcação. Wanderson foi voluntarioso pelo lado esquerdo, enquanto Christian e Marquinhos, mesmo entrando com a missão de desafogar o time, pouco acrescentaram.
Com erros e acertos, o Cruzeiro venceu sem empolgar, mas mostrou que, em jogos de mata-mata, decisões individuais fazem toda a diferença. Cássio salvou, Villalba decidiu e Kaio Jorge… vai precisar de um pouco mais de mira na próxima. As quartas vêm aí – e o torcedor cruzeirense, aliviado, sabe bem quem agradecer por mais esse passo.
