Revelação
O volante Hudson, que foi Campeão da Copa do Brasil de 2017 pelo Cruzeiro, revelou os bastidores de um caso que aconteceu na semifinal contra o Grêmio, no Mineirão, e envolveu o ex-presidente do clube, Gilvan de Pinho Tavares.
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Em entrevista ao Charla Podcast, que aconteceu no último sábado (05), o ex-jogador disse que o cartola foi cobrado pelos jogadores no vestiário após uma promessa de quitar os salários atrasados não ter sido cumprida.
“Esse dia é emblemático porque a gente classifica e vai para a final. No vestiário, o salário estava atrasado, só que o presidente falou que ia pagar na terça e isso já era quarta. Ele não pagou, e a gente foi para o jogo com o salário atrasado”, começou.
Lembrança de outro tempo
Na sequência do relato, Hudson disse que o presidente pediu desculpas por não ter conseguido a verba para pagar os atletas. Na ocasião, o Cruzeiro venceu por 1 a 0 no tempo regulamentar, com um gol do ex-volante e, nos pênaltis, avançou para a decisão contra o Flamengo.
No vestiário, ele disse que pediu a palavra para mandar um recado a Gilvan em nome de todo o elenco. “Deixa eu te pedir um favor em nome do grupo. Quando você não tiver o dinheiro, é melhor falar que não tem do que criar uma expectativa para a gente falando que vai pagar e não pagar antes de um jogo decisivo”, revelou.
Cobrança séria
Na conversa, o ex-jogador ainda disse que foi um momento tenso e que poderia ter mudado os rumos da equipe na Copa do Brasil daquele ano. “Que bom que deu tudo certo, mas, talvez, poderia ser um fator que alguns jogadores tivessem sentido a situação”, finalizou.
Vale destacar que o presidente Gilvan de Pinho Tavares terminou o seu mandato naquele ano, em 2017. Apesar de ter conquistado quatro títulos em seis anos, a passagem do ex-cartola pelo Cruzeiro é lembrada pelos problemas graves relacionados às finanças que o clube iria passar posteriormente.
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