Opinião: Palavras vazias de profissionais que juraram lealdade ao Corinthians

Corinthians viu mais uma vez um profissional que atuou no timão, realizar uma promessa e não cumpri-la. O nome de agora é o técnico Tite. O supercampeão pelo Corinthians e com uma identificação enorme com a fiel torcida, disse ao ser procurado por dirigentes alvinegros, até antes mesmo da contratação de Cuca, que sua prioridade era um trabalho na Europa. Caso fosse no Brasil, esperaria até 2024 para poder pegar um trabalho no início da temporada. Fato é que a ‘promessa’ de Tite não se cumpriu. Meses depois, o Corinthians viu o ídolo ser procurado e aceitar o pedido para treinar o Flamengo ainda em 2023.

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Se voltarmos mais um pouco no tempo, o jogador Paolo Guerrero, que trabalhou com Tite no Corinthians e fez o gol da final do Mundial em cima do Chelsea, disse em 2014, ainda quando negociava sua renovação com o timão, que “no Brasil, só jogaria no Corinthians. Não tem jeito de jogar por outro time”. No ano seguinte, após não acertar sua renovação com o Corinthians, Guerrero foi atuar pelo Flamengo.

Mas o fato mais emblemático dessas promessas, viria em 2022. Vitor Pereira, o técnico português que não fez um trabalho exuberante, mas levou o Corinthians a uma final de Copa do Brasil e na zona de classificação para a libertadores, disse que não continuaria no clube pois “Preciso sair do Corinthians e voltar para Portugal para cuidar da sogra”. Após se desligar do clube em dezembro, acertou sua ida para o Flamengo.

Além da semelhança desses casos em que todos os profissionais foram parar no Flamengo, o que mais impressiona é a astúcia que tiveram em prometer algo, que claramente seria difícil de se cumprir. Na correria do futebol moderno, um profissional fazer juras de amor e prometer fidelidade a um clube é impossível, pois a dinâmica nas negociações e a vontade dos clubes de aprimorarem seus plantéis e comissões técnicas, não permite mais essa permanência durante longos anos em um time só.

O que fica de lição para o Corinthians, é que hoje para se contratar, é necessário seduzir o profissional, demonstrando que haverá gestão, elenco e suporte para haver a briga por títulos. Só o amor ao clube, em muitos casos, não basta. Já o que fica de lição aos profissionais, é que promessas, dita aos ventos, são só promessas, mas que podem ficar guardadas no coração e na mente dos torcedores.