A saída de Fabinho Soldado marcou o primeiro grande atrito entre a nova gestão de Osmar Stábile e o elenco do Corinthians já pensando em 2026. O desligamento do executivo de futebol, confirmado nesta semana, escancarou um choque de interesses entre o desejo dos jogadores e uma decisão que já vinha sendo costurada nos bastidores políticos do clube.

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Internamente, Fabinho era visto como peça central na construção do atual elenco e da estrutura que o cerca. Essa percepção ficou pública na festa do título da Copa do Brasil, quando jogadores entoaram gritos pedindo sua permanência.
Um dia antes do anúncio oficial, André Ramalho destacou o peso do dirigente no processo recente do Corinthians, atribuindo a ele a formação do grupo e a montagem do staff responsável por trazer reforços considerados decisivos nos últimos anos.
Apesar da manifestação do elenco, a diretoria seguiu outro caminho. A saída foi comunicada como fruto de um acordo entre as partes, mas a definição já estava alinhada entre Stábile e lideranças políticas do clube, independentemente do resultado da final. Entre atender ao apelo dos jogadores ou respeitar o entendimento interno da nova gestão, o presidente optou pela segunda alternativa.

SP – SAO PAULO – 09/11/2025 – BRASILEIRO A 2025, CORINTHIANS X CEARA – Fabinho Soldado diretor do Corinthians antes da partida contra o Ceara no estadio Arena Corinthians pelo campeonato Brasileiro A 2025. Foto: Fabio Giannelli/AGIF
Saída de Fabinho já era quase certa
Fabinho e Stábile já haviam conversado há cerca de um mês, quando o executivo demonstrou incerteza sobre seguir no cargo. Na reunião mais recente, ambas as partes acertaram a rescisão amigável, com a renúncia à multa de R$ 2 milhões prevista em contrato, que era válido até o fim de 2026.
O desgaste acumulado com críticas nas redes sociais e problemas de relacionamento dentro do clube pesou na decisão do dirigente, que deixou o Parque São Jorge visivelmente insatisfeito com algumas situações internas.

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A tendência é a contratação de um diretor executivo, com conversas já iniciadas nesta véspera de Natal. Pessoas da alta cúpula alvinegra, no entanto, afastam a possibilidade de apostar em um dirigente estatutário, sinalizando que o clube busca um nome com perfil mais profissional para conduzir a próxima fase do futebol corintiano.








