O Corinthians entrou nos últimos dias do ano com uma missão clara: resolver de vez a situação de Maycon. O contrato de empréstimo do jogador termina nesta quarta-feira, dia 31, e a diretoria trabalha com urgência para garantir sua permanência antes do prazo final.

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Com a chegada de Marcelo Paz ao comando do futebol, as conversas foram retomadas de forma direta. O novo executivo entrou em contato com o estafe do volante e colocou a renovação como tema número um, entendendo a importância técnica e de liderança do atleta para 2026.
Maycon foi capitão do time durante a campanha do título da Copa do Brasil e se consolidou como homem de confiança de Dorival Júnior. Em 2025, ele disputou 43 partidas, marcou três gols e deu uma assistência, além de exercer papel fundamental fora de campo no vestiário.
Plano do Corinthians envolve contrato longo e custo zero
A ideia do Corinthians é fechar um acordo definitivo até o fim de 2028, sem custo de transferência. O modelo discutido prevê a manutenção de 50% dos direitos federativos com o Shakhtar Donetsk, atual detentor do vínculo do jogador.
O volante, por sua vez, não deseja retornar ao futebol ucraniano, especialmente pelo contexto de guerra no país. Esse fator pesa a favor do Timão, que aposta no desejo do atleta de permanecer no Brasil e seguir como protagonista no clube.
As negociações vinham sendo conduzidas anteriormente por Fabinho Soldado, mas agora estão centralizadas nas mãos de Marcelo Paz. A avaliação interna é de que o desfecho precisa acontecer antes do réveillon para evitar riscos jurídicos e esportivos.
Dívida com o Shakhtar complica o cenário
Um dos entraves envolve uma pendência financeira entre Corinthians e Shakhtar. O clube paulista foi condenado pela FIFA a pagar 1 milhão de euros, cerca de R$ 6,5 milhões, em processo que ainda tramita no CAS.

Dorival Júnior deve ganhar um elenco mais robusto – Foto: AGIF
Esse débito faz parte de um cenário financeiro delicado, que também inclui transfer ban por dívida com o Santos Laguna e restrições impostas pela CBF. Mesmo assim, a diretoria entende que manter Maycon é estratégico, inclusive para dar estabilidade ao elenco em um ano que terá Brasileirão Betano e competições continentais.
Além do volante, outros contratos chegam ao fim nesta semana. Romero e Talles Magno deixam o clube, enquanto Fabrizio Angileri ainda negocia renovação. Essas saídas ajudam no plano de reduzir cerca de R$ 6 milhões mensais da folha salarial em 2026.
Decisão urgente nos bastidores do Timão
Internamente, o Corinthians trata o caso como prioridade máxima. A avaliação é de que perder Maycon sem acordo representaria um impacto esportivo e simbólico grande, especialmente após uma temporada vitoriosa.

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