O Corinthians vive um momento de otimismo nos bastidores. A diretoria acredita que conseguirá derrubar o transfer ban da Fifa ainda em dezembro e, diante desse cenário, já começa a planejar a formação do elenco para 2026. O limite financeiro, porém, impõe uma estratégia bem clara: contratar apenas jogadores livres no mercado ou em fim de contrato, evitando qualquer pagamento por direitos econômicos.

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Essa abordagem segue o modelo utilizado em 2025 com Fabrizio Angileri e Vitinho, ambos chegados sem custo de transferência. O Timão quer repetir a fórmula, reduzindo gastos e preservando o caixa em meio a uma dívida total que se aproxima dos R$ 2,7 bilhões. Mesmo com receitas previstas de direitos de transmissão do Brasileirão Betano e da Copa do Brasil, não há margem para investir pesado.
Por isso, o clube trabalha com monitoramento constante do mercado e conversas sigilosas conduzidas por Fabinho Soldado e Osmar Stabile. Eles buscam atletas que aceitem salários acessíveis e vejam no Corinthians uma oportunidade esportiva relevante. O momento exige criatividade, paciência e movimentos cirúrgicos para não comprometer ainda mais o orçamento.
Trocas e saídas devem ajudar a aliviar salários
O Corinthians também avalia utilizar alguns jogadores como moeda de troca. Atletas como Pedro Raul, Fagner e Alex Santana, que retornam de empréstimo em janeiro, podem ser utilizados em negociações como contrapartida, reduzindo a necessidade de desembolso direto. Essa lógica faz parte do plano de reestruturação salarial para 2026.
O orçamento prevê cortar cerca de R$ 6,2 milhões da folha mensal, o que torna inevitável a saída de atletas. Romero e Talles Magno, ambos com contratos encerrando em dezembro, não devem permanecer. Já Angileri, embora desejado, ainda não chegou a um acordo para renovação, principalmente pela divergência em relação ao salário pedido no novo vínculo.

MG – BELO HORIZONTE – 10/12/2025 – COPA DO BRASIL 2025, CRUZEIRO X CORINTHIANS – Memphis Depay jogador do Corinthians comemora seu gol durante partida contra o Cruzeiro no estadio Mineirao pelo campeonato Copa Do Brasil 2025. Foto: Gilson Lobo/AGIF
Maycon é outro caso delicado. O Corinthians aguarda resposta do Shakhtar Donetsk quanto à possibilidade de novo empréstimo, mas a incerteza financeira pesa. A permanência do volante depende de condições muito específicas e de uma eventual flexibilização dos ucranianos, algo que ainda não ocorreu.
Empréstimo, LFU e premiação podem destravar janela
Enquanto isso, o clube calcula suas receitas para quitar a dívida de R$ 40 milhões com o Santos Laguna, responsável pela punição atual da Fifa. Entre as fontes previstas estão valores da Liga Forte União referentes ao Brasileirão Betano, premiações da Copa do Brasil e um possível empréstimo de até R$ 100 milhões. A quitação abre a porta para registrar reforços.

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O Corinthians sabe que não pode repetir erros de planejamento e quer iniciar 2026 com um grupo competitivo, mas financeiramente sustentável. A ideia é montar um elenco que permita ao clube reagir dentro de campo enquanto tenta reorganizar sua vida administrativa. Resta agora derrubar o transfer ban para que todas essas frentes possam, enfim, sair do papel.








