No dia decisivo para decidir sua sobrevivência na Libertadores em eliminatória contra o Flamengo, o Corinthians viu Jô voltar a ser assunto no CT Joaquim Grava. O Alvinegro protocolou no sistema da CBF um pré-registro com a rescisão do centroavante e agora espera a formalização do término do vínculo – que depende de assinatura das partes, informou o GE.
Há dois meses, Jô emitiu nota oficializando sua saída do Corinthians após ser flagrado em um show de pagode enquanto seu Clube perdia diante do Cuiabá pelo Campeonato Brasileiro. O vídeo causou, na época, indignação da torcida e também da direção do Corinthians, que optou por um encerramento do acordo antes do previsto - seu contrato expiraria somente ao fim de 2023.
Jô recebia em torno de R$ 700 mil mensais por mês, mas optou pela quebra do contrato com o Timão. Só que, nesses dois meses, o jogador de 35 ainda seguia com contrato ativo com o Corinthians. Os dirigentes do Clube e os procuradores do atacante vinham conversando para alinharem as condições da rescisão contratual.
O principal empecilho era uma dívida do Corinthians com Jô referente à primeira passagem dele pelo Timão. Quando decidiu retornar ao clube do coração, em 2020, o centroavante concordou em diluir a pendência nos três anos e meio de vínculo. Agora, com a saída antecipada, "o acordo precisou ser repactuado, e a diretoria alvinegra conseguiu parcelar o pagamento", informou o GE.
O Corinthians ainda tem que negociar com o Nagoya Grampus, do Japão, a quitação de US$ 2,6 milhões (cerca de R$ 13,3 milhões na cotação atual) a título de indenização após condenação pela Fifa e pela Corte Arbitral do Esporte (CAS). O Timão tenta ao menos alongar o pagamento para não comprometer seu fluxo de caixa e também evitar o "transfer ban" - o que inviabilizaria na contratação de reforços.