O Mundial Interclubes da FIFA de 2012 ficará para sempre na memória da Fiel. O Corinthians foi a Tóquio e alcançou pela última vez, até o momento, um Mundial para um time brasileiro. O elenco liderado pelo técnico Tite teve alguns heróis em campo, com destaque para Cássio e Guerrero. Porém, a torcida do Timão veio descobrir dez anos depois que também deveria agradecer a um “agente infiltrado”.

Agif/Pedro Martins – Oscar faz revelação sobre o Mundial do Corinthians
© 852Agif/Pedro Martins – Oscar faz revelação sobre o Mundial do Corinthians

Isso porque o meio-campista brasileiro Oscar revelou algumas discordâncias com Rafa Benítez, o técnico do Chelsea na época. Segundo Oscar, o treinador preferiu levar força máxima na semifinal contra o Monterrey e poupar alguns atletas na decisão contra o Corinthians. Na estratégia do profissional, um confronto com o Liverpool, na Premier League, era a prioridade ao invés do Mundial.

“Os brasileiros estavam (levando a sério). Não é que eles (europeus) não levam. A gente ganhou uma Uefa (Champions League) e não tinha ninguém no aeroporto. Como se fosse normal. Foi f*** ganhar. Quando fomos para o Mundial, jogamos a semifinal. ‘Não pode perder para o Corinthians, pelo amor de Deus’. E aí jogou o time titular na semi. Era o (Rafa) Benítez. Se jogou um jogo, vai descansar no outro. Daí jogou o time titular e ganhamos de 3 a 0 de um time do México (Monterrey). Joguei pra caramba, David Luiz jogou”, lembra Oscar.

Getty Images/Lintao Zhang – Guerrero marcou de cabeça no Mundial

Getty Images/Lintao Zhang – Guerrero marcou de cabeça no Mundial

Oscar fez as revelações no podcast Fala, Brasólho!, apresentado pelo Fred do Desimpedidos. Ao lembrar da escolha do seu antigo técnico, o meia mostrou insatisfação com a escolha. Segundo o jogador ex-Seleção, alguns brasileiros chegaram a se manifestar contra Rafa Benítez, pois querem jogar a decisão contra o Timão. Mas no fim o treinador acabou deixando Oscar e outras peças importantes no banco de reservas.

“Chegou na final e ele (técnico) quis revezar o time, e só falou na preleção. Levantei e falei: ‘Tenho que jogar, preciso jogar, não é possível, os brasileiros precisam jogar esse jogo’. Ele me tirou. Lembro que jogou o David só, no meio. Ele deu uma mesclada no time. Pensamos: ‘não faz isso’. Não sei se jogasse seria outro (resultado)… poderia perder igual, mas a gente queria jogar. Eu fiquei fora, fiquei revoltado, fiquei uma semana sem falar com ele (técnico). Agora vão ficar me enchendo o saco lá (no Brasil). Depois ele entendeu, falou: ‘olha, desculpa, é que tem jogo importante’. Tinha um jogo contra o Liverpool, ele quis meio que poupar”, detalha o brasileiro.