Em entrevista exclusiva aoESPN.com.br, Rafael Moura revelou bastidores de medo e apreensão após uma derrota do Corinthians para o River Plate, na Libertadores de 2006. De virada, osMillonariosfizeram 3 a 2 no placar e eliminaram o Timão nas oitavas de final da competição sul-americana.
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“Aquele dia, realmente, foi o dia mais perigoso da minha vida enquanto atleta. Se realmente invadem ali, e eu já estava no jogo, sei lá, se tirasse o goleiro do River (Plate), eu era o primeiro atleta do Corinthians, porque estávamos atacando ali para o portão, se fosse para pegar, eu seria o primeiro a ser pego”, falou.
“A gente ficou amedrontado. Realmente, dentro do campo a gente acha que é protegido porque tem a segurança, tem alambrado, essas coisas todas, e nunca teve invasão com briga de torcedores batendo em jogadores, pelo menos não temos tanta história disso. Tem entre brigas de torcedores, que infelizmente adentraram o gramado, mas não com atletas.
Reprodução Corinthians/ Rafael Moura com a camisa do Corinthians.
E completou: A gente vai para o vestiário, e eu lembro que a gente saiu 5, 6 horas da manhã, como eu e Nilmar morávamos no mesmo prédio, a gente saiu junto, num camburão,atrás mesmo, escondidos, porque senão não iriam deixar a gente sair”, complementou.
Rafael Moura ainda finaliza: “Mostra a força da torcida, o quão nós, jogadores e diretoria, respeitávamos a torcida, porque dali eles falam que a gente não teria mais paz, sossego, e a gente vai 30 dias para treinar em Curitiba. A gente muda toda a base de treinamento para Curitiba, tanto é que jogávamos em São Paulo e voltávamos para Curitiba, jogávamos em outro lugar e voltávamos para lá. Ficamos alguns bons dias lá, bem amedontrados, mas que serve de muito aprendizado. Eu, jovem, não tinha a dimensão de tudo o que causava, mas hoje eu entendo muito bem.”