Bom início, mas sem eficiência
O Fluminense começou o clássico contra o Vasco com intensidade, pressionando alto e criando boas oportunidades. Logo aos três minutos, Germán Cano teve a chance de abrir o placar, mas parou em grande defesa de Léo Jardim após bela jogada de Acosta. A postura ofensiva refletia o domínio inicial de Fernando Diniz, que impôs seu estilo de posse e mobilidade.

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No entanto, a equipe tricolor perdeu o ritmo à medida que o jogo se desenvolveu. A marcação vascaína se ajustou, e o Fluminense passou a encontrar dificuldades para furar as linhas adversárias. Cano, referência técnica e emocional do time, acabou desperdiçando uma oportunidade clara, o que se tornaria símbolo da queda de rendimento tricolor.
A partir dos 30 minutos, o Vasco começou a crescer. O Fluminense, que até então controlava as ações, viu a partida ficar mais equilibrada e sofreu com transições rápidas. Foi nesse cenário que o rival encontrou espaço para mudar a história do jogo.
Rayan decide e expõe fragilidades
Aos 37 minutos, Paulo Henrique iniciou uma jogada pela direita e encontrou Rayan, que dominou com categoria e finalizou com precisão para abrir o placar no Maracanã. O gol do jovem atacante — o 16º dele na temporada — desestabilizou o Fluminense, que passou a errar passes simples e perdeu o controle emocional da partida.

RJ – RIO DE JANEIRO – 20/10/2025 – BRASILEIRO A 2025, VASCO X FLUMINENSE – Coutinho jogador do Vasco disputa lance com Hercules jogador do Fluminense durante partida no estadio Maracana pelo campeonato Brasileiro A 2025. Foto: Thiago Ribeiro/AGIF
No intervalo, Diniz tentou reorganizar o time, mas o Vasco manteve o ímpeto e voltou melhor para a etapa final. Logo aos cinco minutos, Nuno Moreira aproveitou rebote de Fábio após chute forte de Rayan e ampliou a vantagem cruz-maltina, consolidando o domínio da equipe.
O segundo gol expôs ainda mais a falta de compactação e intensidade do Fluminense. A equipe ficou espaçada, com dificuldades de recompor e de reagir à velocidade dos contra-ataques. Mesmo com alterações, o Tricolor não conseguiu retomar o controle da posse nem criar perigo real.
Diniz x Zubeldía: o nó tático
O duelo entre Diniz e Zubeldía mostrou um contraste claro de propostas. Enquanto o técnico tricolor tentou impor ritmo e triangulações curtas, o argentino respondeu com linhas compactas e saída rápida em transição. O resultado foi um verdadeiro nó tático: o Vasco explorou as costas dos volantes e neutralizou os principais articuladores do Fluminense.
A derrota por 2 a 0 reforça o momento de oscilação do Tricolor no Brasileirão Betano. Após bom início, o time voltou a sofrer com quedas de rendimento e falta de profundidade ofensiva. O desafio agora é encontrar consistência para evitar nova sequência negativa na reta final da temporada.
Com o resultado, o Fluminense segue distante da zona de classificação direta à CONMEBOL Libertadores e volta as atenções para corrigir erros defensivos e de tomada de decisão — especialmente em jogos de alta pressão como o deste domingo.








