Clubes brasileiros investem pesado em contratações que não geram o retorno desejado
Nem sempre um nome badalado é sinônimo de sucesso. No futebol brasileiro, diversos jogadores chegaram com expectativa de brilho e acabaram deixando seus clubes de forma discreta, muitas vezes após temporadas de frustrações e polêmicas.

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Alguns desses reforços, mesmo com histórico de sucesso em outros times ou no exterior, não conseguiram repetir o desempenho esperado e rapidamente perderam espaço nas equipes. Em certos casos, problemas extracampo também contribuíram para a queda de rendimento.
A seguir, relembramos contratações das equipes do Brasileirão que, apesar de chamarem pouca atenção no início — ou de prometerem mais do que entregaram —, deixaram marcas em seus clubes, seja por polêmicas, altos custos ou saídas conturbadas.
1) Cueva – Santos

Cueva. Foto: Marcello Zambrana/AGIF
Contratado com status de estrela em 2019, após boa passagem pelo São Paulo, Cueva não conseguiu se firmar no Santos. Lesões musculares e a falta de sequência o afastaram dos gramados, e sua relação com o técnico Jorge Sampaoli foi marcada por insatisfação.
Sem espaço, o meia se recusou a se reapresentar em 2020, alegando salários atrasados, e deixou o clube antes do fim do vínculo. Pouco tempo depois, acertou com o Pachuca, do México, encerrando uma passagem breve e frustrante.
2) Taison – Internacional

Taison. Foto: Pedro H. Tesch/AGIF
Ídolo colorado, Taison retornou ao Inter em 2021 com grandes expectativas, mas as lesões minaram sua sequência. Apesar de um início promissor, terminou a temporada com desempenho abaixo do esperado.
No ano seguinte, perdeu espaço e chegou a se desentender com a diretoria por conta de salários atrasados. Deixou o clube em 2022, com o prestígio abalado, embora ainda respeitado pela história construída no Beira-Rio. Somando as duas passagens, atuou em 201 partidas e marcou 44 gols pelo clube gaúcho.
3) Borja – Palmeiras

Borja. Foto: Miguel Schincariol/Getty Images
Após brilhar no Atlético Nacional, Borja desembarcou no Palmeiras em fevereiro de 2017, em uma das maiores transações da época. Campeão brasileiro em 2018, o atacante teve bons momentos, mas nunca justificou o investimento milionário.
Com o tempo, perdeu espaço e passou a ser emprestado para outros clubes. Apesar dos 36 gols em 112 jogos, sua passagem é lembrada como uma das mais caras e questionadas do Verdão.
4) Lúcio – São Paulo

Lúcio. Foto: Ricardo Bufolin/Getty Images
Campeão mundial pela Seleção em 2002, Lúcio chegou para liderar o São Paulo na Libertadores de 2013. Entretanto, atuações irregulares e episódios de indisciplina marcaram sua breve passagem.
Após discussões e uma expulsão decisiva contra o Atlético-MG, o zagueiro foi afastado e teve o contrato rescindido no final de 2014. Ao todo, disputou apenas 31 jogos. Pouco depois, surpreendeu ao assinar com o rival Palmeiras.
5) Wesley – Palmeiras

Wesley. Foto: Ricardo Bufolin/Getty Images
A contratação de Wesley, em 2012, ficou marcada pela tentativa de vaquinha da torcida. Mesmo com a ajuda financeira de um investidor, o jogador sofreu com lesões e instabilidade.
Após uma boa fase em 2013, perdeu espaço e rescindiu contrato em 2014. Em seguida, se transferiu para o São Paulo, encerrando uma passagem irregular pelo Verdão.
6) Ronaldinho Gaúcho – Fluminense

Ronaldinho Gaúcho. Foto: Buda Mendes/Getty Images
A chegada de Ronaldinho ao Fluminense em julho de 2015 gerou enorme expectativa. No entanto, em nove partidas, o craque não conseguiu repetir o brilho de outros tempos e foi constantemente poupado.
O meia recebia um salário fixo de cerca de R$ 400 mil mensais, mais adicionais. Com desempenho abaixo do esperado, deixou o clube poucos meses depois, sem marcar gols e com a sensação de um projeto que não deu certo.
7) Leandro Damião – Santos

Leandro Damião. Foto: Friedemann Vogel/Getty Images
Contratado pelo Santos em dezembro de 2013, por meio de um acordo complexo com o fundo Doyen Sports, Damião chegou como esperança de gols. Mas o alto investimento não se refletiu em campo, e o atacante logo foi alvo de críticas.
Entre empréstimos e disputas judiciais, o jogador se desligou do clube em 2016, deixando uma dívida milionária e uma das transferências mais problemáticas da história do Santos.
8) Lucas Pratto – São Paulo

Lucas Pratto. Foto: Alexandre Schneider/Getty Images
Comprado do Atlético-MG em 2017, Lucas Pratto começou bem no São Paulo, mas caiu de rendimento no decorrer da temporada. Mesmo querido pela torcida, não manteve o nível esperado.
No início de 2018, pediu para deixar o clube e acertou com o River Plate. Apesar de ter deixado bom dinheiro em caixa, sua curta passagem ficou longe de ser marcante. Foram apenas 48 jogos e 14 gols marcados.
9) Alexandre Pato – Corinthians

Alexandre Pato. Foto: Ramiro Furquim/AGIF
Em 2013, o Corinthians apostou alto em Pato, pagando 15 milhões de euros ao Milan. O atacante teve bons números, mas conviveu com críticas e pressão.
A cobrança de pênalti de cavadinha contra o Grêmio, na Copa do Brasil, selou sua saída. Foram 39 jogos disputados e 12 gols marcados. Acabou trocado com o São Paulo, onde viveu fase mais estável antes de nova transferência ao exterior.
10) Honda – Botafogo

Honda. Foto: Pedro H. Tesch/AGIF
O japonês Honda gerou euforia na torcida alvinegra ao chegar em 2020, mas sua contribuição dentro de campo foi modesta. O meia marcou três gols em 27 partidas.
Com o Botafogo em crise e prestes ao rebaixamento, pediu para sair após 10 meses, alegando frustração com a gestão do clube. Sua passagem ficou marcada mais pelo marketing do que pelo desempenho.
11) Luiz Adriano – Palmeiras

Luiz Adriano. Foto: Marcello Zambrana/AGIF
Responsável por gols importantes e títulos expressivos, Luiz Adriano viveu altos e baixos no Verdão. Após ser artilheiro em 2020, passou a enfrentar críticas por atitudes fora de campo.
Discussões com torcedores e gestos polêmicos resultaram em seu afastamento em 2022. Apesar das polêmicas, teve papel relevante na conquista da Libertadores. Pelo Palmeiras, foram 104 jogos, 32 gols e nove assistências.
12) Conca – Flamengo

Conca. Foto: Fernando Soutello/AGIF
Contratado em 2017 enquanto se recuperava de grave lesão no joelho, Conca teve poucas chances no Flamengo. Disputou apenas 27 minutos oficiais com a camisa rubro-negra.
Após desgaste com o técnico Zé Ricardo e sem conseguir readquirir o ritmo de jogo, retornou à China ainda no mesmo ano. Sua passagem ficou marcada como uma das mais discretas da década.
13) Geuvânio – Flamengo

Geuvânio. Foto: Marcello Zambrana/AGIF
Repatriado do futebol chinês, Geuvânio chegou ao Flamengo em 2017 como aposta para o ataque, mas não se firmou. Em 41 partidas, marcou apenas três gols.
O Rubro-negro enfrentou forte concorrência na época, mas a irregularidade e a falta de impacto nas partidas fizeram com que deixasse o clube sem deixar grandes lembranças.
14) Anderson – Internacional

Anderson. Foto: Thomas Santos/AGIF
O Internacional apostou alto em Anderson, ex-Manchester United, para disputar a Libertadores de 2015. Mas o meia não conseguiu render o esperado e acumulou polêmicas.
Sua passagem terminou de forma amarga, marcada pelo rebaixamento do clube e desentendimentos internos, como a briga a socos com o lateral-direito William, em 2016. Foram 89 jogos e apenas seis gols.
15) Luís Fabiano – Vasco

Luis Fabiano. Foto: Thiago Ribeiro/AGIF
Ídolo por onde passou, Luís Fabiano chegou ao Vasco em 2017, mas problemas físicos o impediram de ter sequência. Fez 20 jogos e seis gols antes de rescindir contrato.
Apesar do início animador, as dores no joelho o afastaram dos gramados e encerraram de forma precoce sua trajetória em São Januário. Pelo Cruz-maltino, conquistou a Taça Rio.
16) Luan – Corinthians

Luan. Foto: Ettore Chiereguini/AGIF
Torcedor declarado do Corinthians, Luan foi contratado em 2019 como esperança de gols, mas nunca se firmou. Em quatro temporadas, disputou 78 jogos e marcou apenas nove vezes.
O atacante perdeu espaço, foi emprestado ao Santos e acabou saindo sem deixar saudades, após episódios de insatisfação e polêmicas fora de campo, como a agressão que sofreu de torcedores.
17) Pablo – São Paulo

Pablo. Foto: Marcello Zambrana/AGIF
Reforço mais caro da história do São Paulo à época, Pablo chegou em 2019 e até marcou gols decisivos, mas sua irregularidade pesou. Foram 121 jogos e 32 gols.
Veio do Athletico-PR, por R$ 26 milhões, mas, com altos e baixos, acabou rescindindo contrato em 2022, após três temporadas de relação desgastada com a torcida.
18) Ricardo Goulart – Santos

Ricardo Goulart. Foto: Diogo Reis/AGIF
Apresentado no Santos com pompa em 2022, Ricardo Goulart não conseguiu repetir o brilho dos tempos de Cruzeiro. Apesar da dedicação, não se encaixou no esquema do time.
Goulart chegou ao Peixe para vestir a camisa 10, mas, após 30 jogos, com quatro gols e três assistências, o meia rescindiu amigavelmente o contrato e deixou o clube sem grande impacto técnico.
19) Douglas Costa – Grêmio

Douglas Costa. Foto: Pedro H. Tesch/AGIF
Ídolo do passado, Douglas Costa voltou ao Grêmio em 2021, mas o retorno foi marcado por polêmicas. O desempenho em campo ficou aquém do esperado.
Com apenas três gols em 28 partidas, sendo apenas nove disputadas do início ao fim, deixou o clube após o rebaixamento para a Série B, em meio a críticas à postura e ao alto custo salarial.
20) Diego Costa – Botafogo

Diego Costa. Foto: Thiago Ribeiro/AGIF
Contratado em 2023, Diego Costa chegou ao Botafogo durante a liderança no Brasileirão, mas não conseguiu repetir o sucesso europeu. Fez três gols em 15 jogos.
Sem acordo para renovação, deixou o clube no fim do ano. Algumas exigências do jogador e questões pessoais dificultaram o processo. A passagem foi curta e discreta, sem o impacto que a torcida esperava.








