Uma bomba no futebol internacional pode abalar de vez os pilares do modelo multiclubes — e atingir em cheio o empresário John Textor, dono da SAF do Botafogo.

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Segundo o jornal espanhol Mundo Deportivo, a FIFA está prestes a adotar medidas drásticas contra conglomerados que controlam mais de um clube ao redor do mundo. A principal delas: proibir transferências de jogadores entre times com o mesmo proprietário.
A decisão, que ainda não foi oficializada, tem como objetivo frear o que a entidade vê como “mercado interno” entre clubes de uma mesma holding. O novo regulamento mira diretamente práticas como empréstimos recorrentes, vendas abaixo do mercado e rota facilitada de atletas, o que, na visão da FIFA, compromete a integridade esportiva e a estabilidade dos contratos profissionais.
Golpe duro para John Textor
Se confirmada, a nova política representará um duro golpe para John Textor. O norte-americano construiu sua estratégia global com base no conceito de “corredores de desenvolvimento” — usando clubes como Botafogo, Lyon e RWDM Brussels para captar, desenvolver e circular talentos com a promessa de uma futura vitrine na Europa. O modelo era, inclusive, uma das principais armas de sedução para jovens sul-americanos.
O Mundo Deportivo cita o caso recente em que o Botafogo cobra € 65 milhões do Lyon por transferências que teriam sido feitas abaixo do valor de mercado. A briga judicial evidencia os conflitos de interesse que a FIFA quer evitar — e que expõem os riscos de se manter clubes sob o mesmo guarda-chuva empresarial.

RJ – RIO DE JANEIRO – 26/07/2025 – BRASILEIRO A 2025, BOTAFOGO X CORINTHIANS – John Textor CEO do Botafogo durante partida contra o Corinthians no estadio Engenhao pelo campeonato Brasileiro A 2025. Foto: Thiago Ribeiro/AGIF
Outros gigantes também estão na mira
Além de Textor, gigantes como o City Football Group, a Red Bull e o Grupo Pachuca também estão na mira da entidade máxima do futebol. A FIFA, vale lembrar, já havia limitado o número de empréstimos entre clubes do mesmo grupo nos últimos anos — mas agora parece disposta a fechar de vez essa porta.

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No meio da turbulência, John Textor enfrenta ainda sua batalha particular: já não controla mais o Lyon, vendeu sua parte no Crystal Palace e tenta recomprar o Botafogo em meio a uma disputa societária com a Eagle Football. Caso a proibição seja oficializada, seu modelo de negócios, baseado na conexão entre clubes e mercados, corre sério risco de colapso.








