Após conquistar a América em 2024, o Botafogo entrou na atual edição da Copa Libertadores com o status de campeão continental, mas vive um momento de tensão e instabilidade.

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Terceiro colocado no Grupo A com seis pontos, o Alvinegro corre risco real de uma eliminação precoce ainda na fase de grupos — um cenário que, neste século, atingiu apenas quatro clubes que defenderam o título.
Vitória contra o Carabobo manteve a esperança
A vitória dramática sobre o Carabobo, com gol nos acréscimos, manteve vivas as chances do Gloriosoavançar às oitavas de final. No entanto, o desempenho irregular deixa o time em situação delicada. Se a fase de grupos terminasse hoje, o atual campeão estaria fora do mata-mata, repetindo um dos episódios mais frustrantes da história recente da competição.
Apesar do risco, há margem para recuperação. O Estudiantes, ao vencer por 3 a 0 a Universidad de Chile fora de casa, assumiu a liderança do grupo com nove pontos e saldo de cinco gols.

RJ – RIO DE JANEIRO – 30/04/2025 – COPA DO BRASIL 2025, BOTAFOGO X CAPITAL – Renato Paiva tecnico do Botafogo conversa com Danilo Barbosa jogador da sua equipe antes da partida contra o Capital no estadio Engenhao pelo campeonato Copa Do Brasil 2025. Foto: Jorge Rodrigues/AGIF
A boa notícia para o Botafogo é que seus dois próximos confrontos serão justamente contra os chilenos e os argentinos, ambos no Rio de Janeiro. Com isso, o clube carioca depende apenas de si para garantir a vaga e até sonhar com a liderança.
No entanto, os números não jogam a favor. Para ultrapassar o Estudiantes, mesmo com uma vitória por dois gols de diferença, o Botafogo ainda ficaria atrás no saldo. Somente um triunfo por pelo menos três gols sobre a equipe argentina mudaria esse cenário. Paralelamente, a Universidad de Chile enfrentará o lanterna Carabobo em casa e, se vencer, aumentará ainda mais a pressão sobre os brasileiros.
Lista indesejável
O Botafogo luta, assim, para não se juntar à lista de campeões recentes que fracassaram logo na primeira fase da Libertadores. Em 2007, o Internacional caiu num grupo com Vélez Sarsfield e Nacional (URU).
Dois anos depois, a LDU, campeã em 2008, terminou na lanterna de uma chave que tinha Sport, Palmeiras e Colo Colo. Em 2015, o San Lorenzo, vencedor da edição anterior, não resistiu ao grupo que reunia Corinthians e São Paulo. Por fim, em 2017, o Atlético Nacional, da Colômbia, amargou a eliminação precoce em um grupo que incluía o próprio Botafogo.

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Agora, o time carioca tenta fugir desse seleto, mas incômodo grupo. Para isso, precisará transformar a pressão em combustível e provar por que foi campeão. O desafio está posto — e não há mais margem para erro.








